Cacuaco - O Instituto Nacional da Criança (INAC) registou, em 2024, 31 mil e 899 casos de agressões contra menores, sendo as do sexo masculino, com 16 mil e 277, o maior número deste levantamento, adianta um relatório desta instituição a que à ANGOP teve acesso, hoje (quarta-feira).
O INAC, instituição angolana criada em 1991 para preservar os direitos das crianças, relata também que menores do sexo feminino representam 15 mil e 622 dos casos notificados.
Do número global, o INAC detalha que 679 casos representam abandono de crianças, 100 foram acusadas de feitiçaria, 889 estiveram envolvidas em disputa de guarda, sete mil e 108 foram expostas ao trabalho infantil, 13 mil e 725 de fuga a paternidade e 58 foram acusadas de homicídio.
Na sequência dos registos, o instituto avança também que outras mil e 16 foram expostas a condições de negligência, 28 foram raptadas, duas mil e 595 sofreram violência física, mil e 192 passaram por violência psicológica, mil e 510 por violência sexual e outras 22 representam tráfico de crianças.
O INAC relata ainda que os delitos foram cometidos nas províncias do Bengo, Benguela, Bié, Cabinda, Cuando, Cubango, Huambo, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Huíla, Lunda Norte e Lunda Sul, Malanje, Moxico, Uige e Zaire.
O Instituto Nacional da Criança realiza, desde esta terça-feira (28), na Escola Nacional de Formação de Técnicos de Serviços Sociais, no município de Cacuaco, o encontro nacional metodológico.
O encontro, que está a ser presidido pelo director do INAC, Paulo Kalessi, termina hoje (quarta-feira) e representa uma ocasião para apresentar o balanço de actividades do instituto ao longo de 2024, assim como traçar metas para este ano.
No Encontro Nacional Metodológico do INAC participam chefes dos serviços provinciais de 17 províncias, chefes de departamentos e funcionários da estrutura central do INAC. DIF/DJ/SEC