Lubango – Quinhentas mil famílias vulneráveis das províncias da Huíla e Benguela vão beneficiar, ainda neste semestre, de um projecto social integrado denominado “Esperança”.
O projecto, orçado em três milhões de dólares, é levado a cabo pela Igreja Evangélica Sinodal de Angola (IESA) e visa os sectores da saúde, agricultura familiar e ética.
Foi concebido como continuidade do Fórum Social, realizado em 2019, pela referida igreja, para reduzir os efeitos da seca no sul de Angola.
A iniciativa vai abranger, numa primeira fase, os municípios do Lubango, Cacula, Caluquembe, Caconda, Quilengues, Chicomba (Huíla), Chongoroi, Cubal e Ganda (Benguela), onde foram identificadas 12 comunas vulneráveis.
Em declarações hoje à ANGOP, o presidente da IESA, Dinis Eurico, afirmou que as acções preliminares estão em curso, como o contacto com os governos provinciais e administrações municipais que indicaram as comunas.
Disse que as 500 mil famílias serão atingidas num período de dois anos, podendo ser alargado para mais um ano.
Segundo o presidente da IESA, está prevista a aquisição de viaturas para a transportação de bens, aquisição de charruas e bois para ensinar as pessoas a fazer agricultura sustentável.
Em relação ao sector da saúde, disse que serão envolvidos os seus membros médicos e enfermeiros que vão promover consultas nas comunidades e palestras sobre os cuidados básicos de saúde.
Na vertente agrícola, serão criadas escolas de campo, a fim de disseminar práticas agrícolas sustentáveis.
No que a ética diz respeito, Dinis Eurico disse que a igreja busca o resgate dos valores morais, visando a mudança de comportamento, o fim da violência domestica, respeito pelo próximo e símbolos nacionais.