Caluquembe - Dezoito alunos foram expulsos, por má conduta, dos internatos dos institutos Técnico de Saúde e do Bíblico de Caluquembe, ambos afectos à Igreja Evangélica Sinodal de Angola (IESA), na província da Huíla, no ano lectivo transacto.
Trata-se de uma posição inédita dessa denominação religiosa que trabalha há mais de 100 anos na formação de pastores e em saúde. Para além dessas dois internatos e do hospital de Caluquembe, a IESA detém uma universidade há quatro anos, cuja sede está no Lubango.
A informação foi avançada pelo seu presidente, reverendo Diniz Eurico, na abertura do ano lectivo nas referidas instituições, tendo realçado que mesmo com a educação religiosa incluída no currículo, foram forçados a expulsar 18 alunos, por imoralidade de vária ordem que contrastam com os desígnios da igreja.
No Instituto Bíblico, disse o pastor, foram expulsos oito alunos, seis rapazes e duas meninas, estas últimas por aborto provocado e na sequência enterraram os fetos nas dependências do internato, tendo sido exumados por cachorros que os estavam a devorar.
“Se não se falar de religião nos cursos técnicos de saúde, o que será dessas escolas, os resultados serão desastrosos, pois não se poderá falar de humanização e de moral no atendimento ao utente”, lamentou.
Sublinhou que para contrapor tais actos é necessário a permanência dos cursos bíblicos, com vista à uma educação moral dos futuros quadros que serão colocados ao serviço do país, na área da saúde.
O reverendo pediu mais uma vez às autoridades governamentais a não retirarem a educação religiosa que se faz nas escolas, porque é necessária e importante que a igreja fale da Bíblia aos estudantes.
No presente ano lectivo, o Instituto Técnico de Saúde da IESA, conta com 620 estudantes cujas aulas são ministradas por 53 professores. BP/MS