Huambo – O secretário da Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA) no Huambo, reverendo Gilberto Jamba Ndunduma, encorajou, esta quarta-feira, o Executivo angolano a persistir na mobilização de investidores nacionais e estrangeiros, para o fomento da empregabilidade.
Em declarações à ANGOP e ao Jornal de Angola, por ocasião do 142º aniversário da IECA, que se assinala na próxima sexta-feira (11), declarou que, com a mobilização de mais investidores, principalmente, nas áreas da agricultura e da indústria, o Estado poderá fomentar a empregabilidade juvenil.
Reconheceu os investimentos feitos pelo Executivo angolano, nos últimos cinco anos, com destaque para a educação, saúde e habitação, que melhoraram a vida dos cidadãos em determinadas zonas consideradas vulneráveis do país.
O reverendo Gilberto Jamba Ndunduma disse que a IECA, desde a sua fundação, em 1880, tem contribuído na estabilidade social do país, quer na evangelização para a boa conduta, quer na construção das infra-estruturas, como escolas e hospitais, nas missões do Chilume, Dondi, Elendie e outras, que têm resolvido os problemas pontuais dos cidadãos.
Das infra-estruturas da IECA, destacou a construção do campus universitário na Missão do Dondi, município do Cachiungo, que, com a sua conclusão e entrada em funcionamento, previsto para o próximo ano, poderá acolher, inicialmente, mais de três mil estudantes em diversos cursos.
Referiu tratar-se de um projecto académico que vai suprir as necessidades do país, em termos de quadros, nas áreas da Agricultura, Saúde, Educação, Construção e outras formações técnicas, para além de proporcionar emprego a muitos cidadãos nacionais.
Considerou satisfatório o crescimento da igreja nas mais variadas vertentes, com os jovens a demonstrarem grande maturidade na resolução dos principais problemas sociais.
IECA e o seu contributo na independência
Noutra vertente, o religioso destacou que a IECA desempenhou um papel importante no processo de libertação nacional, através da formação de jovens quadros nas diversas missões evangélicas, que se envolveram, prontamente, na luta pela independência nacional.
De acordo com o reverendo, desde a era colonial até à presente data, a IECA sempre superou os desafios impostos no dia-a-dia do país, principalmente, na evangelização e formação dos cidadãos nos centros urbanos e nas comunidades rurais, para que discutam e cumpram com os seus direitos e deveres, na perspectiva do bem-estar comum.
Considerou a independência como a maior conquista do povo angolano, por ter devolvido a soberania aos cidadãos, no domínio social, económico e político, apesar da necessidade das melhorias contínuas nas mais variadas vertentes.
Lembrou que a IECA possui, na província do Huambo, 79 pastores, num total de 122 pastorados, mil 187 congregações, mil 199 diáconos e diaconisas, mil 187 catequistas, num universo de 215 mil 614 fiéis, com templos em todos os municípios desta parcela do Planalto Central do país.
Fundada a 11 de Novembro de 1880, pelos missionários americanos Bagster, William Henry Sanders e Samuel Taylor Miller, a igreja conta, nesta província, com cinco sínodos locais: Bailundo, Caála, Dondi, Elende e Huambo.
Foi reconhecida pelo Governo Angolano a 24 de Janeiro de 1987, sob o Decreto Executivo nº 9/87 e, sob o Registo nº 1, de 24 de Outubro de 2005 do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos.