Cuito - O I simpósio do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) na província do Bié, realizado, esta quinta-feira, na cidade do Cuito, concluir haver melhorias na liberdade de imprensa no país, embora deva ser uma luta constante dos profissionais e da sociedade.
Promovido em prol do 3 de Maio, Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, os palestrantes e participantes, entre jornalistas, juristas, deputados, académicos, estudantes e outros, sublinharam existir avanços, porém recomendam mais abertura, contraditório e respeito das leis.
Para o secretário do SJA no Bié, Edson Vieira, a realização deste certame visou, exactamente, reflectir os níveis de liberdade de imprensa no país e encontrar soluções que alterem o problema de acesso às fontes que os jornalistas enfrentam.
Por sua vez, o jornalista da Televisão Pública de Angola (TPA), Luís Domingos, um dos prelectores no evento, reconheceu existir melhorias no que diz respeito à liberdade de imprensa em Angola, sobretudo desde 2017, embora reconheça ser um tema difícil de lidar.
"Há uma grande interferência do poder político a nível de todo mundo na comunicação social e os jornalistas devem resistir, de modo que se ultrapasse esta barreira", enfatizou o profissional há mais de 30 anos.
Já o analista político e especialista em Relações Internacionais, Rui Miguel Sabonete, também destacou o progresso na comunicação social, especialmente, pública.
Contudo, recomendou aos profissionais a respeitarem a Constituição, a dignidade da pessoa humana, o segredo de Estado e de Justiça.
Durante o I Simpósio, que decorreu sob lema "Sindicato dos Jornalistas Angolanos no Bié, por uma Imprensa mais Plural", os participantes discutiram temas como Liberdade de Imprensa e Acesso às Fontes, Segredo de Justiça e desafios de Informar ao Público e Desafios da Imprensa face à Proliferação das Redes Mídias Sociais.
Prestigiaram a actividade o coordenador Grupo de Deputados no Bié, Anastácio Severino Sambowé, o presidente da Ordem dos Advogados desta província, António Buta, responsáveis dos órgãos de Comunicação Social, entre outras individualidades.
O 3 de Maio foi instituído pela UNESCO em 1991, com objectivo de sensibilizar os líderes políticos e a sociedade civil na defesa da Liberdade de Imprensa, considerado como elemento essencial para o desenvolvimento de uma Nação. JEC/PLB