Lubango - Um funcionário do Banco de Comércio e Indústria (BCI) foi detido hoje, quinta-feira, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) da província da Huíla, por simulação de depósitos bancários para a conta da Administração Municipal do Lubango, no valor de três milhões de kwanzas.
Ao confirmar o facto à ANGOP, o porta-voz do SIC, Sebastião Vika, disse tratar-se de um cidadão de 54 anos de idade, que ocupa a função de assistente de clientes, por sinal gerente da conta, indiciado na prática de falsificação de documentos, abuso de confiança e branqueamento de capitais.
Referiu que o processo-crime foi movido por intermédio da reclamação feita pela administração do Lubango junto à instituição bancária que, por meio de uma auditoria interna, verificou a existência de anomalias na conta agregadora, onde se deposita o dinheiro arrecado na prestação de diversos serviços públicos.
Destacou que o crime foi cometido, entre Janeiro a Agosto de 2020, tendo o BCI, por sua vez, participado ao SIC.
Sebastião Vika disse que o acusado no momento do depósito fazia apenas uma simulação de comprovativos falsos e aproveitava-se dos valores.
Entretanto, detalhou que, até ao momento, foram apreendidos mil e 600 talões de depósito do desfalque de quase três milhões Kwanzas.
Por outro lado, foi igualmente detido, hoje, o chefe do departamento de Saúde Pública e Controlo de Endemias na província da Huíla, Hélio Chiangalala, por indícios de crime de peculato.
Segundo Sebastião Vika, ao responsável pesa a acusação de ter, supostamente, subtraído dos cofres do Estado o valor de três milhões de Kwanzas, alocado, em 2020, para a formação de técnicos de estatística desta instituição.
Esclareceu que o valor foi retirado, alegadamente, para o aluguer do transporte dos técnicos quando, na verdade, utilizaram os meios do Gabinete Provincial de Saúde.
Hélio Chiangalala já havia sido detido a 19 de Dezembro de 2020 pela Polícia Nacional (PN), supostamente, pela venda de testes rápidos da Covid-19 e respondia o processo em liberdade desde o dia 21 do mesmo mês.
Juntamente com dois técnicos de saúde, o responsável está indiciado nos crimes de associação criminosa, falsificação de documentos e corrupção passiva.
Hélio Chiangalala, de 39 anos de idade, técnico superior de Enfermagem, exerce o cargo desde Janeiro de 2020, tendo anteriormente desempenhado a função de enfermeiro na província do Cuando Cubango.