Lubango- Quatro mil e 853 crimes de natureza diversa foram registados na província da Huíla, em 2022, contra os seis mil e 743, de 2021, representando uma redução da criminalidade em 28 por cento.
Dos crimes registados. dois mil e 120 foram esclarecidos (-947), com dois mil e 819 detidos (-mil 196). Da tipicidade criminal, destaca-se 140 homicídios (-50), 139 crimes sexuais (-19), mil e 198 ofensas à integridade física (+13), mil e 184 roubos (-405) e mil e 924 furtos (-925).
A informação foi avançada à imprensa hoje, quarta-feira, no Lubango, pelo delegado provincial do Interior na Huíla, comissário Divaldo Martins, durante o balanço anual.
Afirmou ser uma redução possível em função do reforço da cooperação com os outros órgãos de defesa e segurança, apoio da comunidade e do governo da província.
Referiu que a diminuição tem a ver ainda com um trabalho intensivo feito pelos efectivos que permitiu aumentar o número de detenções, pois quanto mais delinquentes forem detidos menos crimes ocorrerão nas ruas, residências ou instituições.
Destacou ainda a participação activa do cidadão, com base na estratégia de policiamento de proximidade, no âmbito do programa “Polícia do Bairro”, em que conseguiram obter maior informação sobre o que se passa no meio das comunidades, permitindo uma acção mais eficaz em relação a detenção e prevenção dos crimes.
Referiu que apesar de os números reduzirem, não devem abrandar, mas terem os dados incentiva para continuarem a trabalhar mais de modo a que as reduções registadas tenham impacto directo na qualidade de vida do cidadão.
Em relação a segurança rodoviária, Divaldo Martins lamentou as mortes que ainda continuam a registar diariamente, vitimando fundamentalmente crianças e jovens, situação que exige um esforço de todos para conseguirem fazer com que as acções preventivas e de fiscalização sejam capazes de devolver a paz nas estradas.
Já para o Serviço de Migração Estrangeiros, referiu que o desafio para o ano em curso passa por trabalhar com os órgãos centrais, no sentido de conferir autonomia à Huíla para a emissão de passaportes, a fim de tornar mais célere e menos burocrático o processo para diminuir os constrangimentos do cidadão.
Para os Serviços Penitenciários, a grande preocupação cinge-se com o excesso de lotação no estabelecimento penitenciário do Lubango que poderá ser resolvido com a construção de um bloco feminino no próprio estabelecimento e a penitenciaria da Matala.
A província da Huíla, a segunda mais populosa do país, depois de Luanda, tem uma população estimada em três milhões, 282 mil e 968 habitantes, distribuídos nos seus 14 municípios.