Huambo – A direcção do Complexo Hospitalar de Doenças Cardiopulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento desmentiu hoje, domingo, as informações postas a circular nas redes sociais sobre a suposta morte do arcebispo emérito do Huambo, Dom Francisco Viti.
A nota da Direcção da unidade hospitalar da capital do país (Luanda), a que ANGOP teve acesso, considera que as informações, postas a circular desde as últimas horas de sábado, não correspondem com a verdade.
No mesmo documento, a instituição informa que, embora o seu estado inspira cuidado, Dom Francisco Viti continua internado e em vida.
O prelado católico, de 89 anos de idade, sobreviveu, no passado dia 19 de Fevereiro, de um acidente de viação, por despiste e consequente capotamento da viatura em que seguia, no troço Chicala-Cholohanga/Huambo, por estouro de um dos pneus de frente, quando regressava de uma missão pastoral, na província do Cuando Cubango.
No sinistro, contraiu ferimentos graves e foi, em função do seu estado clínico, transferido, de imediato, para o Complexo Hospitalar de Doenças Cardiopulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, tem sido, em seguida, dois dias depois, submetido, com sucesso, a uma intervenção cirúrgica craniana.
De lá para cá, o religioso, que se encontra nos cuidados intensivos, tem registado uma ligeira recuperação no seu estado clínico.
Resumo biográfico de Dom Viti
Natural de Misasa – Evanga, na província de Benguela, Dom Francisco Viti nasceu a 15 de Agosto de 1933. Fez a sua formação sacerdotal no Seminário Menor do Quipeio, também, conhecido por Seminário Menor da Caála e no Seminário Maior do Cristo Rei no Huambo, com cursos de Filosofia e de Teologia.
Foi ordenado sacerdote a 14 de Julho de 1963 na Sé Catedral do Huambo.
Foi consagrado como bispo a 28 de Setembro de 1975, na província do Huambo.
Fundador da Diocese de Menongue, onde trabalhou durante 11 anos, foi depois, em Setembro de 1986, nomeado como arcebispo do Huambo, onde exerceu as funções por 17 anos.
O prelado, que detém o título de segundo arcebispo com mais tempo na arquidiocese do Huambo e de ser sexto a ser consagrado na nova era do episcopado em Angola, foi reitor do Seminário Maior do Cristo Rei do Huambo.
Especializado em Filosofia, pela Pontifícia Universidade Gregoriana, Teologia Pastoral, pela Universidade Católica de Paris, já foi membro do conselho permanente da CEAST e da delegação angolana na Conferência Episcopal dos Bispos Católicos da África Austral (IMBISA).
Para além do português e do umbundu, fala fluentemente o inglês, italiano, latim, espanhol e francês. VKY/