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Governo procura melhores soluções para o problema da seca

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  • Cunene • Quinta, 02 Dezembro de 2021 | 00h05
Ministro da Energia e Água, João Baptista Borges
Ministro da Energia e Água, João Baptista Borges
ANGOP

Ondjiva – O Governo angolano está empenhado na procura das melhores soluções para resolver definitivamente o problema da falta de água na provincia do Cunene, contando com o contributo das comunidades que vivem directamente a situação.

O facto foi expresso pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, durante o acto de consulta pública dos projectos estruturantes de combate à seca nos municípios do Curoca e Cahama, que teve lugar na primeira região, 340 quilómetros de Ondjiva.

Durante o evento, o governo apresentou, para o município da Cahama, as soluções que contemplam a construção de uma barragem no Rio Caculuvar na secção da Cova do Leão, com 17 metros de altura com capacidade de armazenar 25 milhões de m³ de água.

Faz igualmente parte do programa a construção de sistemas de abastecimento de água para as Comunas de Cahama e Otchinjau a partir da captação da Cova do Leão.

Para o município do Curoca, o Executivo prevê a construção de sistema de abastecimento de água na Comuna de Oncócua, a partir da execução de furos de captação, bem como de um sistema de abastecimento de água para a Comuna de Chitado a partir da captação do Rio Cunene. 

O fim da seca do município do Curoca deverá passar também pela reabilitação de nove pequenas barragens de retenção de água.

Se em relação a Cahama os projectos configuram aquilo que são as aspirações das comunidades locais, o mesmo não se pode dizer do município do Curoca, onde a população defende a construção de uma barragem a partir do Monte Negro, no rio Cunene, para abastecer a sede municipal, Onconcua.

Em representação das comunidades locais, o soba da comuna do Oncócua, Joaquim Mutchila, disse que a construção desta captação seria mais viável  em relação aos furos de água e reabilitação das represas, pois o Monte Negro está há apenas 50 quilómetros e não depende da frequência das chuvas.

Quanto ao assunto, o ministro João Baptista Borges disse que é intenção do Executivo encontrar a melhor solução, que pode ser aquela que o governo apresentou ou resultar das contribuições das comunidades do Curoca, que directamente vivem os problemas da falta de água.

“Não trouxemos uma solução acabada, por isso as contribuições poderão servir para se encontrar a melhor estratégia”, sublinhou.

Deste modo, disse que será feita uma avaliação técnica e financeira profunda da proposta apresentada pela comunidade, para se encontrar a melhor saída.

Frisou que os próximos passos têm que ver com a elaboração do estudo de impacto ambiental, de modo que os projectos possam arrancar no próximo ano, após aprovação do Executivo.

Soluções de longo prazo

As medidas apresentadas hoje buscam a sustentabilidade do programa, não se restringindo ao atendimento das regiões no momento actual, tendo como horizonte de projecto de 20 anos.

Deste modo, as intervenções abrangem cerca de nove mil ligações domiciliárias, sete mil ligações por torneiras de quintal e 250 chafarizes, todos abastecidos por mais de 67 km de rede de distribuição.

De forma a garantir a viabilidade e reforçar a sustentabilidade das soluções, o programa prevê ainda a implantação de sistemas  fotovoltaicos para abastecimento de energia às infra-estruturas, bem como  a sua manutenção e operação por um período de dois anos, pelo empreiteiro.

Esta igualmente definida a contratação e a capacitação de uma equipa técnica dedicada à futura operação e manutenção, garantindo a longevidade das intervenções.

As obras previstas terão duração de 28 meses e irão gerar cerca de mil 400 empregos directos. 

No geral, estes projectos vão melhorar a qualidade de vida da população da região,  possibilitando o acesso a água potável de qualidade a mais de 130 mil pessoas, bem como garantir sustentabilidade da criação de mais de 30 mil de cabeças de gado bovino e caprino.

As acções em estudo terão igualmente impacto na redução do abandono escolar, na promoção da indústria, do comércio e do turismo turismo na região.

Outros projectos estruturantes

No quadro dos projectos estruturantes de combate à seca na província do Cunene, está em construção, há quase um ano e com previsão de conclusão em Fevereiro de 2022, o Sistema de Captação no Rio Cunene,  a partir da região do Cafu, avaliado em 44 mil milhões 358 milhões 360 mil 651.

Compreende a construção de dois canais, um do Cuamato até Ndombondola, com extensão de 55 quilómetros, e outro do Cuamato até Namacunde, com cerca de 53 quilómetros, para além de 30 chimpacas.

No princípio deste mês, tiveram inicio as obras de construção das Barragens de Calucuve e Ndué, no município do Cuvelai.

A Barragem de Calucuve, na bacia do Cuvelai, terá uma rede de canais, com uma extensão de 111 quilómetros e mais 44 chimpacas.

O projecto, a ser executado num período de dois anos, está orçado em 96 mil milhões 420 milhões 460 mil 427 kwanzas.

Já a do Ndué,  que vai custar aos cofres do estado 85 mil milhões 199 milhões 661 mil e 566 kwanzas, vai ser construída também na bacia do Cuvelai, mas na zona do Rio Ndué.

Terá uma rede de canais adutores de 75 quilómetros e mais 15 chimpacas.

Calucuve terá capacidade de acumular 100 milhões de metros cúbicos de água, tal como a do Cafu, enquanto a do Ndué terá 145 milhões.

Quando estiverem concluídos, 260 mil cabeças de gado estarão igualmente livres da seca, para além de permitirem a irrigação, durante todo o ano, de 11 mil 600 hectares de terrenos agrícolas.

 

 

 



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