Ondjiva – O governo da província do Cunene está a estudar a possibilidade de abertura de cozinhas comunitárias, para apoiar com refeições diversificadas às famílias afectadas pela fome.
A pretensão é criar as cozinhas nos 11 centros de deslocados que alojam 592 pessoas idas dos municípios da Cahama, Ombadja e Namacunde, depois de abandonarem as suas residências, devido à fome, causada pela seca.
Em consequência da seca, as administrações dos seis municípios que compõem a província do Cunene, já registaram 591 mil 87 pessoas afectadas pela fome, devido à ausência prolongada das chuvas, no sentido de beneficiarem de ajuda alimentar, da parte do Governo.
Em declarações à Angop, a directora do Gabinete provincial da Acção Social, Família e Igualdade do Género no Cunene, Elizeth Mwamelungi, disse que a Comissão Multissectorial para o Apoio às vítimas da fome vai reunir nos próximos dias para analisar as questões ligados ao projecto, sobretudo, para acautelar questões de biossegurança, devido a Covid-19.
Informou que, se não fosse a pandemia, o projecto das cozinhas comunitárias, que estava na agenda do governo local em 2019, já estaria em execução.
Lembrou que na época a província viveu uma acentuada seca que atingiu 880 mil e 172 pessoas.