Dundo - Um novo modelo de participação do subsector diamantífero no desenvolvimento socioeconómico da província da Lunda-Norte foi aprovado esta terça-feira, no Dundo, durante um encontro alargado entre o Governo local e a Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA E.P.).
No encontro em que também participaram as empresas mineiras, as partes concordaram que doravante será elaborado anualmente um plano de responsabilidade social, com vários projectos a serem financiados através da Fundação Brilhante, face social do subsector dos diamantes.
No final do encontro, o Presidente do Continente de Administração da ENDIAMA E.P., Ganga Júnior, disse que anualmente serão promovidos encontros com o governo e a sociedade civil, para saber exactamente as principais preocupações das populações e o como o subsector deverá intervir.
Explicou que após a identificação dos problemas e das acções que devem ser financiadas pelas empresas mineiras, através da Fundação Brilhante, serão definidos recursos financeiros, com base num plano anual de responsabilidade social.
"É a melhor forma que nós vimos para trabalhar, porque sem sinergias , podemos realizar projectos que não vão de encontro com a perspectiva e a necessidade da população", frisou.
Quanto a domiciliação das empresas e/ou a instalação das sedes na província, o responsável, esclareceu que termos da Lei os acionistas definem a melhor perspetiva em termos da localização, porém , a instituição vai trabalhar com as mesmas para a implementação de escritórios de representação, no sentido de estarem mais próximo das zonas onde operam.
No que se refere a domiciliação das receitas fiscais, Ganga Júnior, assegurou que vai trabalhar com a delegação das finanças para se encontrar mecanismos e permitir que as empresas mineiras, sobretudo os grandes contribuintes , paguem os seus impostos localmente.
Durante a reunião foram abordados vários assuntos, com realce para os despedimentos sem justa causa, más condições de trabalho, falta de seguro de saúde aos colaboradores e seus dependentes e a situação dos ex-trabalhadores dos Projectos mineiros paralisados (Fucauma, Luarica, Luxinge, SML e Yetwene). QB/HD