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Governo do Moxico quer combate contra mutilação genital feminina

     Sociedade              
  • Moxico • Terça, 08 Março de 2022 | 16h51
Moxico: Vice-Governador para Sector Social  Económico e Politico, Victor da Silva
Moxico: Vice-Governador para Sector Social Económico e Politico, Victor da Silva
Kinda Kyungu

Luena - O vice-governador do Moxico para o sector Politico, Social e Económico, Victor Silva, defendeu, nesta terça-feira, em Camanongue, o envolvimento da sociedade no combate ao fenómeno de mutilação genital feminina.

“É um mal que destrói as mulheres, muito mais as mais jovens. Baixa a sua autoestima e põe em causa o futuro delas”, disse, no seu discurso sobre o Dia Internacional da Mulher (8 de Março).

Num discurso virado, essencialmente, para os “vários males” que as mulheres sofrem, sobretudo em tenra idade e ou durante a adolescência, Victor Silva manifestou-se contra as práticas nocivas do casamento forçado, prematuro e indesejado.

Professor de profissão, Victor Silva diz que a obrigatoriedade dos casamentos em tenra idade, que ocorre com 13, 14, 15 anos, devem ser repudiados e combatidos, “a todo custo”, pela sociedade, por perigar a vida das jovens mulheres.

As várias formas de violência contra a mulher, o maior segmento da sociedade angolana, não passou despercebido no seu discurso. “Pedimos a eliminação de todas as formas de violência, seja social, sexual, doméstica, no trabalho…”.

O vice-governador destacou o esforço do Estado angolano em criar infra-estruturas sociais, como creches e centros infantis, para diminuir a carga do trabalho doméstico das mulheres e dar-lhes igualdade de oportunidades na escola, trabalho, política e em cargos de direcção e chefia.

Nessa esteira, a directora do Gabinete da Acção Social, Família e Igualdade do Gênero, Ester Vumbi, regozijou-se com o crescente empreendedorismo feminino, muito pelo aumento da cultura em frequentar cursos técnico-profissionais, com incidência os tidos como dos homens.

Porém, do lado oposto, Ester Vumbi está preocupada com a violência doméstica que, em 2021, registou 200 casos, 111 dos quais contra a mulher, 89 de fuga à paternidade.

Antes, a administradora municipal de Camanongue, Irene Maquecha, alertou as mulheres a efectuarem o registo eleitoral, quando se está a 23 dias do final do processo, e, ao mesmo tempo, reforçou o apelo à protecção contra a Covid-19.





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