Cuito - O Governo do Bié descartou, nesta quarta-feira, no Cuito, riscos de desabamento dos edifícios Gabiconta, Fadiang, Casa Flor e Vila Miséria, de seis e quatro andares, respectivamente, por alegada degradação.
Em reação as informações difundidas nas redes sociais sobre possível desabamento dos referidos prédios em função do grau de degradação que apresentam, o chefe de Departamento de Promoção, Reabilitação e Gestão Imobiliária do Bié, André Caquarta, admitiu à Angop que apresentarem “ligeiros problemas técnicos estruturais” devido aos duros embates que sofreram por altura do conflito armado em 1992.
Considerados “Cartões Postais do Cuito”, apesar do mau estado em que se encontram, a fonte realça “não apresentarem qualquer risco de desabamento”.
Aliás, anunciou, poderão receber obras de benfeitorias na rede de esgotos, energia eléctrica e águas, colocação de portas e janelas e outros apetrechos na sequência de uma vistoria técnica em 2014, estando, actualmente, em curso a mobilização de recursos financeiros.
Sem avançar o valor a ser empregue nos trabalhos, André Caquarta afirmou decorrer também um levantamento para se equacionar os custos e posteriormente ser apresentado o plano de necessidades ao Governo Provincial.
A excepção do Vila Miséria, onde foram desalojadas mais de 80 famílias há 11 anos, por apresentar fissuras, charcos de águas residuais e das chuvas, os outros três prédios continuam habitados.
José Manuel, de 63 anos de idade, antigo morador do Vila Miséria, em declarações à Angop, disse que desde que o Governo desalojou as famílias, procedeu-se a uma ligeira reforma, mas apenas teve benfeitorias na parte exterior no quadro do Programa “Cimento e Tinta” e nunca mais recebeu outros inquilinos.
Ao se debruçar também sobre esse prédio, o arquitecto Manico Bunda defende uma intervenção rápida de quem de direito, através da requalificação no seu todo para aumentar-se a oferta habitacional, bem como dar boa imagem, por ser um dos “cartões postais da urbe”.