Benguela – O governador provincial de Benguela, Luís Nunes, afirmou, nesta cidade, que as 300 famílias desalojadas do bairro das Salinas e que vivem há mais de dez meses nas instalações do Magistério Primário, vão ser realojadas.
Segundo Luís Nunes, que visitou os desalojados para se inteirar das condições em que vivem, já existe um espaço a ser loteado numa extensão de 13 hectares, para que essas famílias possam receber cada uma o seu terreno para construção da casa própria.
O governador defendeu a necessidade de se resolverem os males-entendidos entre o povo e o governo, adiantando que o referido espaço já beneficia da rede de distribuição de água e que nos próximos dias a ENDE fará a extensão da rede elétrica para que quando os lotes forem distribuídos, os beneficiários encontrem já os serviços básicos.
Luís Nunes garantiu, ainda, a entrega nos próximos dias de chapas de zinco e outros materiais de construção para as famílias erguerem as suas residências e concretizarem o sonho da casa própria.
Entretanto, as famílias que há dez meses foram alojadas na antiga escola do Magistério Primário louvaram a iniciativa e vontade do governador, que se deslocou para interagir com a população.
Na ocasião, manifestaram a sua satisfação pelo facto de, nos próximos tempos, verem realizado o sonho da casa própria com a entrega dos lotes e respectivos títulos de concessão.
Na mesma senda, e no âmbito da jornada de trabalho ao município de Benguela, o governador prometeu, nesta quinta-feira, tudo fazer no sentido de melhorar a qualidade de vida das populações benguelenses, priorizando os principais problemas sociais.
De acordo com Luís Nunes, que falava durante o encontro técnico de auscultação da sociedade civil do município de Benguela, garantiu que as obras sociais carecem de alguma prioridade, com realce para a melhoria das vias de acesso, da rede de distribuição de água, sobretudo no litoral.
Embora sejam projectos que requerem grandes investimentos, Luís Nunes disse que fará tudo o que estiver ao seu alcance para minimizar o sofrimento e melhorar as condições da população.
Entretanto, os membros do conselho de auscultação pediram ao governador que melhore o problema da energia na periferia e de distribuição de água, bem como o saneamento básico, com a colocação de mais contentores de lixo.
A falta de transportes públicos para apoio aos estudantes do período nocturno, a situação dos terrenos litigiosos e a ocupação ilegal, criação de mais centros de acolhimento face o número crescente de crianças nas ruas e o crescimento gritante de feirantes nas várias artérias da cidade, são outras inquietações apresentadas ao novo governador.
Os conselheiros pediram igualmente maior atenção ao desemprego, sobretudo dos jovens, tendo em conta as consequências que incidem na criminalidade.
Este foi o primeiro encontro que o governador manteve com a sociedade benguelense, que contou com a presença de empresários, associações religiosas, juvenis e da sociedade civil.