Ondjiva – A governadora da província do Cunene, Gerdina Didalelwa, afirmou nesta sexta-feira, nesta localidade, que Angola continua a implementar vários projectos que visam a promoção, ascensão e o empoderamento social, económico, político e cultural das mulheres, através do acesso à formação académica e profissional.
Falando no acto de celebração do 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, a governadora realçou a aposta do Executivo em definir determinadas acções e compromissos com objectivo de posicionar Angola entre os melhores países de África em matéria de igualdade de género.
Disse que o processo de emancipação da mulher remonta desde a luta da ocupação colonial, tendo se intensificado ao longo da história, com destaque às rainhas, heroínas e outras anónimas que de forma destemida deram a sua vida em prol da liberdade, conquista da Independência e da autodeterminação.
A governante apontou ainda a participação activa na política como critério essencial da construção da democracia, com maior envolvimento e representação feminina a todos os níveis em áreas do poder político, administrativo, empresarial e profissional, tendo em conta o princípio do mérito e competência.
Para materializar os compromissos assumidos, Gerdina Didalelwa acrescentou que Angola definiu um conjunto de políticas ligadas ao enquadramento das mulheres no programa de fomento e empreendedorismo, criação de centros de formação femininas, combate a violência doméstica e do analfabetismo, assim como as desigualdades, injustiças, exploração sexual, descriminação, entre outros.
No capítulo da promoção de decisões políticas, disse que as mulheres ocupam funções relevantes a mais alto nível, nos três poderes de Estado, a exemplo da Vice-Presidente da República, a Presidente da Assembleia Nacional e do Tribunal Constitucional, assim como ministras, governadoras, deputadas, administradoras e directoras.
Para a contínua progressão do género feminino, apontou a aposta das mulheres na formação académica e profissional como único caminho que proporciona o sucesso, mérito e a competência.
Lembrou que a afirmação da mulher só será reforçada com as qualificações técnicas, académicas e profissionais, bem como de uma conduta socialmente aceite, evitando comportamentos desviantes, como uso excessivo de bebidas alcoólicas, prostituição e outras práticas condenáveis que podem prejudicar a saúde, imagem e dignidade.
“Não podemos permitir que a ascensão das mulheres a cargos públicos de responsabilidade seja feita de favor, por simples razão ou cumprimento de instrumentos internacionais, mas sim pela demonstração de competência, capacidade e mérito”, sustentou.
Sob o lema “Investir nas mulheres para acelerar o processo socioeconómico do país”, o acto do Dia Internacional da Mulher foi marcado por várias intervenções, acções culturais, entre outros momentos que foram testemunhados por diferentes denominações religiosas, órgãos de defesa e segurança.
A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas, em 1975, com o objectivo de reflectir sobre o papel da mulher na sociedade, manejar as suas conquistas em todas as esferas da vida, bem como traçar políticas para o empoderamento da mesma. FI/LHE/QCB