Huambo - A governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, apelou, esta quinta-feira, à conjugação de esforços, entre governantes, organizações da sociedade civil e a população, em geral, na promoção do desenvolvimento socioeconómico e do bem-estar colectivo.
A governante, que falava na tradicional cerimónia de corte de bolo, por ocasião dos 111 anos da cidade do Huambo, que hoje se assinalam, considerou importante que todos os munícipes, independentemente, do sector e ramo de actividade, estejam mais unidos, para tornar a urbe numa boa região para se viver.
“A nossa mensagem é de encorajamento, mas, sobretudo, de gratidão por tudo que temos estado a fazer juntos, pela resiliência, suporte e apoio recebido da população, que, apesar dos desafios actuais, acredita num futuro e dias melhores”, salientou.
Lotti Nolika felicitou a Administração do município do Huambo pelas linhas traçadas, com realce para a melhoria do saneamento básico, arborização, organização do comércio formal e informal, tendo em conta o bem-estar da população e a melhoria da imagem da urbe.
Deste modo, manifestou a disponibilidade do Governo local em apoiar as acções da Administração do município do Huambo, voltadas à recuperação da sua imagem como capitais Ecológica e Académica, bem como a melhoria do desenvolvimento socioeconómico.
Presentes no acto, membros da sociedade civil destacaram o crescimento social da cidade do Huambo, embora solicitaram maior intervenção das autoridades na recuperação e construção de infra-estruturas socioeconómicos, arborização e ambiente, para melhor responder às exigências actuais.
O rei do Huambo Artur Moço, apontou as construções anárquicas, como os principais entraves do crescimento, assim como elogiou as autoridades pela aposta no saneamento básico e na arborização da urbe.
Defendeu a disponibilidade de mais verbas, por parte do Governo do Huambo, para fazer face aos desafios actuais nas áreas de habitação, saneamento, saúde e educação, tendo em atenção a expansão da cidade, de forma organizada e o bem-estar da população.
O padre Alcino Epalanga, da Igreja Católica, considerou que os 111 anos da cidade do Huambo reflectem a luta e a perspicácia dos filhos desta circunscrição, porém devem servir de incentivo para se elevar o seu nome como cidade vida, ecológica e académica.
Actuações musicais marcaram o acto, decorrido no largo Doutor António Agostinho Neto, no interior da cidade do Huambo.
Breve historial da cidade do Huambo
Considerada, no passado, por cidade vida de Angola, o nome da urbe se deve ao exímio caçador Wambo Kalunga, oriundo da região de Seles, província do Cuanza Sul, que foi instalar-se, no século XV, no território da Caála, nesta província, nas zonas do Ussombo, Makolo e Kondombe.
Denominada Nova Lisboa em 1928, recuperou o nome anterior após a independência, em 1975.
A cidade do Huambo foi um pólo de desenvolvimento económico, industrial e agro-pecuário e um centro de excelência no domínio académico, nomeadamente na área da investigação agrária e veterinária.
O município do Huambo, um dos 11 da província com o mesmo nome, tem uma população estimada em 872 mil 901 habitantes, distribuídos em três comunas (Calima, Chipipa e Sede, esta última com seis sectores).