Lubango – O governador da Huíla, Nuno Mahapi, regozijou-se, quarta-feira, com o anúncio de uma linha de financiamento de Portugal para a conclusão das obras da Circular do Lubango, feito em Paris (França) pelo primeiro-ministro António Costa.
As obras dessa via externa à cidade do Lubango tiveram início em Outubro de 2014, com características de uma auto-estrada. Terá 64 quilómetros de extensão, em duas faixas de 18 metros de largura cada.
Até à sua paralisação, há cinco anos, apenas 26 quilómetros tinham sido orçamentados, num valor inicial de quatro mil milhões e 350 milhões de Kwanzas.
O projecto previa um perfil de uma única via para duas faixas de nove metros de largura cada, mas em 2015 foi alterado para duas faixas de rodagem, cada uma com 18 metros de largura, o que implicou a revisão do orçamento.
Segundo o governador, em entrevista à Rádio Huíla, do grupo Rádio Nacional de Angola, é um financiamento que vai ajudar a retomar a obra, que por sua vez impulsionará do desenvolvimento económico da região e dar maior mobilidade de pessoas e bens.
“É um grande ânimo ter de volta esse projecto, pois há cinco anos a província vem lutando para que o mesmo fosse uma realidade, mas temos que ter a consciência que o património é de todos nós e todos temos a responsabilidade de fiscalizar e cuida-lo”, frisou o governador.
Já o economista Francisco Chocolate defendeu a colocação de portagem na Circular do Lubango para garantir o retorno do financiamento português e assegurar a manutenção da mesma.
Para ele, apesar de não ter sido revelado o valor, é um passo dado na materialização de mecanismos de financiamentos para se dar um novo impulso ao desenvolvimento local.
Considerou ser um instrumento saudável, pois, por um lado, vai promover a circulação de fluxos financeiros através da geração de empregos, e, por outro, facilitar o descongestionamento do trânsito nas principais vias da cidade do Lubango.
A estrada será igualmente uma importante ligação entre países de região austral de África, através do sul de Angola.