Lubango - O director do Instituto de Desenvolvimento Local, FAS, NA Huíla, Frederico Sanumbutue, desafiou hoje, quinta-feira, no Lubango, a comunidade académica da província, a investigar temas vocacionados às questões sociais que afectam as famílias, grupos e comunidades vulneráveis.
O desafio foi lançado no quadro do Programa de Apoio à Investigação Científica e Pesquisa, que visa contribuir para a dinamização desse segmento quando direccionado às questões sociais que afectam as famílias, grupos e comunidades vulneráveis, promovendo assim impacto social, económico e cultural sobre os mesmos, no país.
As inscrições para o processo selectivo estão abertas desde o dia 20 de Janeiro e vão até o dia sete de Fevereiro do ano em curso, para todos os estudantes que pretendam ou estejam a realizar as suas pesquisas de Mestrado e de Doutoramento.
Docentes e Investigadores interessados, com grau de Mestres ou Doutores também podem aderir, desde que sejam cidadãos nacionais.
Em declarações à ANGOP, Frederico Sanumbutue, realçou que a participação de vários actores no processo reflexivo e investigativo constitui uma estratégia fundamental para o FAS aproximar a academia às comunidade.
Segundo o responsável, é pretensão do FAS apoiar essas iniciativas através do apoio monetário, para a recolha de informação de campo, com vista à promoção da investigação em geral e da investigação social, em particular, privilegiando os aspectos ligados ao desenvolvimento local e à política social.
Destacou que para o sucesso desta empreitada, a instituição vai criar condições logísticas para o acesso aos campos de investigação, nas comunidades sob intervenção do FAS, atribuir apoio pecuniário aos investigadores a serem seleccionados para minimizar custos com a recolha de informação.
Vai, igualmente, mediar a interacção entre estudantes, docentes e investigadores com as administrações locais, autoridades tradicionais e com as comunidades locais, apoiar a sistematização, impressão e publicação do relatório final da Investigação, organizar e publicar o resultado do estudo nas páginas oficiais do FAS, junto de comunidades académicas, administrações locais e outros interessados.
Frederico Sanumbutue referiu tratar-se do segundo processo selectivo, para o Programa de Apoio à Investigação Científica, cuja quota será de 35 trabalhos e a investigação deve ser realizada apenas, a nível dos municípios de intervenção do FAS-IDL, durante seis meses.
Detalhou que no primeiro edital, a proposta foi de dez projectos de investigação, mas devido a uma grande manifestação de interesse de estudantes e docentes, a instituição decidiu alargar o número de beneficiários ao apoio e, fruto desta decisão, dos 71 candidatos iniciais, 17 foram apurados.
Explicou que com a abertura deste segundo Edital, pretende-se, reiterar o compromisso com a promoção da investigação em geral, e da Investigação Social em particular, privilegiando os aspectos ligados ao Desenvolvimento Local e a Protecção Social.
O FAS - Instituto de Desenvolvimento Local (IDL), é uma pessoa colectiva de direito público, dotada de personalidade jurídica, autonomia administrativa, financeira e patrimonial, criada para auxiliar, proteger e contribuir na promoção de condições de desenvolvimento sustentável e participativo das populações mais pobres e/ou em situação de vulnerabilidade, através de Programas de combate à pobreza e estabilização económica, nos termos dos artigos 1º e 2º do Decreto Presidencial n.º 317/20 de 17 de Dezembro.
No quadro da sua intervenção, implementa o Programa Kwenda, o Programa Nacional de Estágios Comunitários, Programa de Diálogo com as Universidades, o Programa de Desporto na Comunidade (modalidade de Xadrez), o Programa de Cinema na Comunidade e mais recentemente, o Programa de Apoio à Investigação Científica. BP/MS