Ondjiva – Setecentas e 27 residências construídas em zonas de riscos, na cidade de Ondjiva (Cunene), cujas famílias já tinham sido realojadas em projectos habitacionais em 2008 e 2009, voltaram a ser habitadas pelos proprietários.
As mesmas foram construídas dentro dos diques de protecção, que durante o período chuvoso ficam submersas.
A prática regista-se nos bairros dos Castilho, Naipalala I e II , Kamunhande e parte do bairro Okaholo.
Em declaração hoje, terça-feira, à Angop, o chefe de Avaliação de Risco e Desastres do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros no Cunene, Aurélio David, informou que algumas pessoas arrendaram as casas e outras as venderam.
Explicou que nota-se, por outro lado, o surgimento de novas casas nestes locais, na ânsia de pressionar o governo a atribuir novas casas.
Entretanto, aconselhou o abandono efectivo destas zonas, pois em caso de um colapso da barreira haverá inundação acima do previsto, colocando vidas em perigo.
De acordo com Aurélio David, continuam a trabalhar de forma árdua na sensibilização da população para abster-se desta prática, para se evitarem situações de desalojamentos e outras alarmantes.
A cidade de Ondjiva, capital da província do Cunene, conta actualmente com 95 mil e 628 habitantes distribuídos em 24 bairros.