Ondjiva - Mil e 50 famílias afectadas pela fome, em consequência da seca, dos municípios da Cahama e Curoca, província do Cunene, beneficiam, nesta quarta-feira, de bens alimentares, uma iniciativa do Grupo Técnico Empresarial.
Dos bens doados constam 250 caixas de peixe congelado, 200 de massa, 41 toneladas de fuba de milho,17,5 de sal, 12,5 toneladas de farelo de trigo, a mesma quantidade de farelo de milho, 50 caixas de óleo alimentar , entre outros, que vão abranger mil famílias do Curoca e 50 na Cahama.
O Grupo Técnico Empresarial respondeu a gritante falta de alimentos para população e animais em situação, fase a problemática da seca severa que assola o sul do país.
Na ocasião, o presidente da cooperativa de criadores do Sul de Angola, Salvador Rodrigues, disse ser um acto humanitário de 20 empresas em apoio às famílias.
Foi neste sentido, disse, que se conseguiu recolher 600 toneladas de bens, que vão minimizar os efeitos da seca junto das comunidades dos municípios do Curoca e Cahama (Cunene) Gambos (Huila) e Virei (Namibe).
A recepção do primeiro lote de produtos no Cunene coube ao ministro da Economia e Planeamento, Sérgio Santos, que elogiou a colaboração da classe empresarial, representando uma aliança forte com o Executivo em prol dos mais necessitados.
O ministro lembrou, que Cunene tem sido fustigado, nos últimos anos, com o problema da seca, que afecta tanto a população, como o gado, realçando que a ajuda de todos seguimento da sociedade é fundamental.
Defendeu a necessidade do governo solucionar os problemas e condições de acesso às zonas baixas dos rios para que a população possa fazer actividade agrícola na ausência da chuva.
Por seu turno, a governadora do Cunene, Gerdina Didalelwa, agradeceu ajuda dos empresários angolanos, que em pouco tempo conseguiram fazer chegar a província bens alimentares para os mais carentes
'Temos a população a movimentar-se a procura de sobrevivência, de água e comida, tanto para as pessoas como para o seu gado, uma situação difícil para as famílias que tiveram de abandonar as residências", frisou.
Com os problemas financeiros actuais, afirmou que o governo da província
não dispõe de capacidade para adquirir alimentos, razão pela qual, está ajuda vai minimizar os problemas das vítimas da seca, principalmente, daqueles que estão deslocados das suas residências.
Actualmente o município da Cahama conta com mais de sete mil famílias afectadas pela seca.