Caxito – A falta de corrente eléctrica, a inexistência de rede móvel para a comunicação e sincronização da informação recolhida no campo e o mau estado das vias de acesso foram as principais dificuldades verificadas no censo piloto que decorreu de 19 de Julho a 5 deste mês, na província do Bengo.
Ao fazer o balanço do censo, o responsável do Serviço Provincial do Instituto Nacional de Estatística no Bengo, João Baptista, explicou que as dificuldades encontradas obrigaram os agentes recenseadores a percorrer 30 a 40 quilómetros para enviar a informação ao servidor central.
Apesar disso, e sendo o primeiro censo tecnológico, considerou o trabalho “positivo”, pois as áreas seleccionadas foram cobertas na totalidade e os tabletes funcionaram na perfeição.
Em 2024 esperamos que as condições para o censo estejam todas criadas e as dificuldades ultrapassadas, referiu.
Aos agregados familiares, pediu para, em 2024, acolherem os recenseadores e passarem todas as informações necessárias.
As comunas de Kiage (município do Bula Atumba) e Canacassala (Nambuangongo) foram as áreas seleccionadas para o censo piloto na província do Bengo.
A iniciativa envolveu 584 pessoas, dos quais 461 agentes de campo, 95 assistentes técnicos e 28 informáticos.
O Censo Piloto decorreu em sete das 18 províncias do país (Luanda, Bengo, Bié, Lunda Norte, Cuando Cubango, Uíge e Cunene) e permitiu o registo de 35 mil 549 agregados familiares de 309 edifícios.
Com este censo piloto foi possível testar, as dificuldades relacionadas com a interpretação dos instrumentos de recolha (questionário), o manuseio de tablet, a resistência dos materiais e equipamentos, a movimentação dos técnicos nas áreas de difícil acesso e a intervenção das autoridades locais e tradicionais na sensibilização da população. CJ/IF