Lubango - A Feira do Auto-emprego, que busca promover a inclusão de pequenos empresários no Fórum Angolano de Jovens Empreendedores (FAJE), foi aberta hoje, sexta-feira, na Marginal do rio Mukufi, no quadro do centenário da cidade do Lubango, capital da Huíla.
Trata-se da 8ª edição do evento sob alçada do FAJE, em parceria com a Administração do Lubango e traz ainda à baila a importância da união entre os empreendedores formais e informais, que praticam as suas actividades à margem do grémio, daí a intenção de associá-los.
A actividade com duração de três dias, tem até ao momento 45 empreendedores do Lubango, mas prevê chegar aos mais de 60 até domingo. Estão em exposição diversos produtos e serviços ligados às artes, tecnologias, desportos, formação, hotelaria e turismo, entre outros.
A feira decorre sob o lema "O Empreendedor Com Garra", conta ainda com músicos da praça local e vai ainda promover um ciclo de palestras sobre “o empreendedorismo digital”, “o agro-empreendedorismo” e “vantagens do micro-empreendedorosmo com sustentabilidade”.
Ao intervir na abertura do evento, o coordenador provincial do FAJE da Huíla, Erikson de Carvalho, afirmou tratar-se de 99 por cento de jovens que não eram filiados à organização.
A respeito das dificuldades, apontou o facto de ainda terem jovens controlados com os seus empreendimentos não legalizados, a falta de espaços para venderem e exporem os seus produtos e serviços, bem como a problemática de aceder a financiamentos.
Fez saber que o FAJE tem uma base de dados de 466 filiados a nível da província, dados que estão em actualização.
Por sua vez, o administrador do Lubango, Lisender André referiu que a feira é uma iniciativa que precisa ser apoiada, incentivada e replicada, pois compreendem que só organizações como o FAJE conseguem minimizar as preocupações da juventude, ligadas à criação de emprego.
Declarou ser preocupação da administração municipal e do Governo provincial olhar para a perspectiva da diversificação em termos de oportunidades de emprego, mas ainda existe a ideia de que o Estado deve empregar, absorver toda a mão-de-obra disponível, o que não é possível.
Reforçou ser fundamental olhar com preocupação para a questão, não só no sentido de alavancar os negócios existentes, mas também para proporcionar oportunidades a aqueles que pretendem começar um novo negócio.
A 7ª edição da feira, que decorreu no mesmo mês em 2022, juntou mais de 60 expositores. EM/MS