Ndalatando- A exibição do filme Langidila, que retrata a história da heroína Deolinda Rodrigues, uma das fundadoras da Organização da Mulher Angolana ( OMA), ala feminina do MPLA, marcou, sexta-feira, o encerramento das jornadas em alusão ao 63º aniversário da sua fundação.
A sessão de cinema, que contou com a presença de mais de 200 pessoas, visou mostrar às filiadas a trajectória da organização e o papel que desempenhou no processo de libertação do país.
A secretária provincial da OMA, Filomena de Lima, recordou que a OMA foi criada num momento muito difícil da história pela independência do país e sempre estiveram ao lado dos combatentes.
Lembrou que as mulheres participaram na luta pela independência do pais e na guerrilha, pelo que além da participação directa em combates, desempenharam tarefas como carregar armamentos, curar doentes, assim como preparar e transportar alimentos para a tropa.
A OMA, continuou, foi criada com o intuito inicial de angariar apoio, treinar quadros e organizar a luta de maneira capilar dentro das estruturas do MPLA.
O trabalho abnegado e de muito risco, que custou a vida de muitas guerreiras, levou a constituir a organização, que continua com muita força até hoje, preservando a paz e reconciliação nacional.
Ressaltou terem decidido apresentar o filme para que as militantes saibam as motivações da constituição dessa organização feminina, que além do progresso do país, luta também pela emancipação da mulher angolana.
Langidila é um documentário realizado por José Rodrigues e Nguxi dos Santos, baseado na vida da nacionalista e combatente Deolinda Rodrigues.
Langidila é o seu apelido de guerra, cuja origem do nome é da língua kimbundo, que significa guarnecer.
O documentário é um testemunho vivo de depoimentos das pessoas que conviveram com a nacionalista.
Morreu em combate no ano de 1968 com três companheiras: Lucrécia, Engrácia e Irene.
O documentário reconstituiu a trajetória de Deolinda Rodrigues que se tornou um dos maiores símbolos da luta pela libertação de Angola. Um diário escrito pela revolucionária angolana é o único documento que testemunha uma vida de dedicação à independência de seu país.
A OMA foi fundada a 10 de Janeiro de 1962, na República Democrática do Congo. IMA/SEC