Cuito – Quinhentos estudantes de Universidades Privadas de Angola encontra-se, desde quinta-feira, reunidos na cidade do Cuito, província do Bié, no seu décimo primeiro acampamento, visando reflectir o ensino desse subsistema no país.
A decorrer sob o lema “os desafios da modernização tecnológica no ensino superior em Angola”, o encontro com a duração de três dias, poderá abordar igualmente o actual preço das propinas aplicadas pelas universidades privadas.
O presidente da Associação dos Estudantes das Universidades Privadas de Angola (AEUPA), Nilton Tima, disse que a ideia é discutir com os próprios estudantes, os aspectos que visam melhorar a actuação do Ministério de tutela e dos promotores das universidades.
Em declarações à ANGOP, pouco depois da abertura oficial do encontro, realçou a necessidade do Instituto Nacional Angolano de Gestão de Bolsas de Estudos (INAGBE) prestar maior atenção aos estudantes das escolas privadas, julgando serem os que mais necessitam no contexto actual do país.
Sem avançar o número de estudantes que beneficiam de bolsas de estudo interna, o responsável disse que o encontro vai, também, analisar a necessidade do aumento da quota oferecida a nível das instituições privadas, bem como o pagamento oportuno dos subsídios.
Estudantes solicitam controlo da inflação
Na ocasião, os estudantes que participam no evento criticaram a ideia do aumento das propinas nas distintas universidades do país, esforçando muitos acabam a interromper o ciclo formativo.
De acordo com o coordenador do núcleo das Universidades Privadas do Huambo, Mateus Cazombo, a forma brusca que as instituições se procedem o aumento das propinas desmotiva, sobremaneira, os estudantes com recursos escassos de continuar a formação.
Por isso, espera que esse encontro possa encontrar métodos de controlar a inflação, de modo a evitar que os estudantes e as instituições saiam prejudicados.
Disse que actualmente, as propinas subiram na ordem dos 10,65 por cento, por isso, pelo que “já não há mais condições para suportar um novo incremento”.
Por sua vez, o coordenador dos Estudantes Universitários Privados do Bié, Luís Almeida, destacou a necessidade do Ministério de tutela reunir frequentemente com os gestores das universidades e outros órgãos envolvidos, no sentido de controlar melhor a tabela de propinas.
Entretanto, procedeu à abertura do evento, o director do Gabinete provincial da Educação no Bié, Amado Leonardo André, destacou os avanços que o ensino superior alcançou nos últimos anos na província.
O 10º acampamento nacional dos Estudantes das Universidades Privadas de Angola, decorreu na cidade do Lubango, província da Huíla. LB/BAN/MS