Malanje- A médica especialista em oncologia do Instituto Angolano de Controlo de Câncer, Julieta João, apelou hoje, terça-feira, em Malanje, as mulheres, no sentido de cultivarem o hábito de realizar regularmente o auto-exame da mama, com vista a prevenção do cancro.
Reiterou que essa prática, ajuda no diagnóstico precoce da doença e permite agir com antecipação do tratamento, evitando com isso o desenvolvimento da doença e morte.
A médica fez esse apelo durante a dissertação de uma palestra sobre o “Cancro da mama”, que marcou o encerramento das jornadas “Outubro Rosa”, que visam a celebração do Dia Mundial da Luta Contra o Câncer da Mama, que hoje se assinala.
Referiu que a par do auto-exame, é necessário também a ida anualmente às consultas de rotinas para um exame mais pormenorizado, acrescentando que as mulheres adultas são mais propensas a contrair o cancro da mama, embora pode também atingir crianças e homens.
Entretanto, alertou para a necessidade das mulheres amamentarem os bebés, bem como a abstenção ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, como forma de prevenção do câncer, sobretudo mamário.
Por sua, o director do Hospital Provincial Materno-Infantil, instituição promotora da palestra, Avantino Sebastião, lamentou o facto de maior parte dos casos de cancro que a unidade regista darem entrada já com quadro clínico avançado, forçando transferência para Luanda ou acabando em morte.
Algumas participantes a palestra destacaram a necessidade de expansão cada vez mais das formas de prevenção, diagnóstico e factores de risco do cancro, para que as mulheres estejam mais esclarecidas sobre o assunto.
O câncer é uma doença caracterizada por um conjunto de células que se reproduzem de forma anormal e descontrolada, evoluindo para massas cancerígenas, sangramento anormal, tosse prolongada, perda de peso inexplicável, mudança nas funções intestinais, entre outros sinais.
O cancro da mama pode afectar também o homem, sobretudo obesos, mas a mulher é a mais vulnerável por ter o tecido mamário mais desenvolvido.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que o número de mortes por cancro da mama no mundo passou de 6,2 milhões no ano 2000, para 10 milhões em 2020. NC/PBC