Humpata - A partilha de experiências de desenvolvimento local sustentável como caminho para mitigar os efeitos da seca e a legalização de terras rurais dominam o XXI Encontro Nacional das Comunidades, que começou hoje, quinta-feira, no município da Humpata, província da Huíla.
Organizado pela ONG Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), o encontro junta 160 participantes da Huíla, Benguela, Cunene, Namibe, Malanje e Luanda, bem como de representantes dos ministérios da Cultura, Turismo e Ambiente, Obras Públicas e Ordenamento do Território e da Agricultura e Pescas.
Ao falar à margem do evento, o director-geral da ADRA, Carlos Cambuta, afirmou que o objectivo é proporcionar aos líderes de associações, conhecimentos sobre as boas práticas de desenvolvimento das comunidades.
Segundo ele, atendendo a situação de fome e de pobreza agravada, há toda uma necessidade de as comunidades partilharem conhecimentos.
Disse existir no País “boas” práticas de convivência com a seca que podem ser disseminadas de maneira que as famílias encontrem novas formas de sustento.
Para ele, há igualmente a necessidade de promover maior interacção com a administração local do Estado, a respeito da implementação de alguns programas públicos, com destaque para o “Minha Terra”.
"Muitos camponeses e agricultores têm estado a queixar-se da dificuldade de obtenção de títulos de terra e recentemente o governo angolano relançou o programa “Minha Terra”, para que as autoridades locais disponibilizem informações afins às associações e cooperativas", continuou.
A actividade que decorre sob o lema "Comunidades Resilientes, Pela Cidadania e Inclusão Social em Angola" envolve membros de diferentes associações e cooperativas agro-pecuárias do País, com destaque para os dos 25 municípios onde a ADRA apoia a implementação de projectos de desenvolvimento das comunidades.
Trata-se de um certame realizado desde 2000 por membros das comunidades, com parceria da ADRA em diferentes províncias do País, sendo que a última edição decorreu em Malanje.