Luanda – A província de Luanda "acordou", esta segunda-feira (3), com trânsito fluído e fraco movimento nas instituições públicas e privadas, cenário que marca o primeiro dia de trabalho de 2022, após as celebrações da passagem de ano.
Pela capital do país, é notória a tranquilidade nas principais vias de acesso, apesar de alguma agitação nas paragens de táxis e autocarros.
Desde as primeiras horas da manhã, observa-se a circulação regular de transportes públicos e colectivos, incluindo comboios, muitos dos quais lotados e sem cumprirem, cabalmente, as normas do Decreto Presidencial sobre a Situação de Calamidade Pública.
Apesar de o novo Decreto (em vigor desde 24 de Dezembro de 2021) impor um máximo de 50 por cento da capacidade dos transportes colectivos urbanos, interurbanos e interproviciais de passageiros, os mesmos chegam, em alguns casos, a apresentar excesso de lotação.
Neste primeiro dia de trabalho, também salta à vista a ausência de focos de lixo nas ruas (cenário típico do período pós-festas) e a moderada venda ambulante pela cidade.
Nas instituições bancárias, o movimento também tem sido calmo desde as primeiras horas da manhã, contrastando com o cenário do último dia de trabalho de 2021, marcado por intensa procura de dinheiro nos caixas automáticos (ATM).
Quanto às unidades sanitárias, particularmente públicas, procedem ao atendimento regular de pacientes, desde as primeiras horas da manhã, cenário idêntico ao dos postos de vacinação de Covid-19, para onde acorrem, particularmente, crianças.
Os postos de vacinação continuam a administrar a primeira dose da vacina contra a Covid-19 a crianças a partir dos 12 anos, numa altura em que se regista, em todo o país, pausa colectiva no calendário lectivo até ao dia 16 de Janeiro.
O cenário de calma é registado um pouco por todo o país, onde se observa acentuada redução da força de trabalho, de 75 por cento para 30 por cento, no quadro das novas medidas de prevenção e combate à Covid-19, estipuladas pelo Governo.
De recordar que, em 2021, as autoridades angolanas não autorizaram a realização de festas de “reveillon” em salões, e eventos similares ao domicílio, com um máximo de 15 pessoas, a fim de se evitar o aumento de casos positivos da Covid-19.
Apesar dessas medidas, a Polícia Nacional registou sete mortes e 114 crimes diversos, além da detenção de 305 pessoas supostamente envolvidas em delitos.