Luanda – A educação e a cultura são elementos chaves para a resolução dos problemas das mulheres, fundamentalmente, no combate aos estereótipos e preconceitos com base no género.
A tese foi defendida pela especialista Elsa Barber, quando dissertava, na quarta-feira, o tema “ A mulher Angolana e as suas principais conquistas”, abordado no espaço Maka à Quarta-feira, na União dos Escritores Angolanos, no quadro do Março/Mulher.
De acordo com a prelectora, para a equidade do género, o foco não deve ser canalizado na mulher, mas na mudança dos sistemas sociais, que não permitem que as elas capitalizem o seu potencial, em prol do bem comum.
No país, afirmou, os indicadores socio-demográficos, demonstram que a Mulher tem um peso considerável enquanto força potencialmente activa e produtiva do país.
Lembrou que esta franja corresponde a 52% da população, e mais de metade é economicamente activa.
Referiu que, apesar do longo percurso que ainda há por se caminhar para efectiva satisfação dos anseios das mulheres e das meninas, o Estado tem criado leis para sua contínua emancipação, permitindo que as mesmas ocupem lugares de destaque a nível dos poderes legislativo, executivo e judicial.
Elsa Barber ilustrou que a nível da advocacia 31 % da força de trabalho são mulheres, na diplomacia 40 %, enquanto no parlamento 37 % dos assentos são ocupados por elas.
Para si, urge a necessidade de, nos segmentos das artes, a mulher seja integrada em redes de relações através das quais possa, de forma institucional, aceder a um maior leque de ideias, conhecimentos, informação, recursos e mercados.
Jurista, activista social, escritora e pesquisadora angolana, Elsa Barber é natural de Luanda e já exerceu o cargo de secretária de Estado para a Família e Promoção da Mulher. Possui no mercado a obra “Negócios Sustentáveis em Angola”, lançada em 2015. MGM/ART