Ndalatando- Duas cidadãs, da mesma família, morreram domingo num acidente de viação, na área de Quissecula, periferia da cidade de Ndalatando.
As vítimas, mãe e filha, encontravam-se a bordo de uma motorizada de três rodas e, na eminência de um despiste, decidiram saltar.
A motorizada transportava cerca de 10 passageiros e além das duas mortes, causou ainda ferimento de outro passageiro.
Segundo testemunhas, as três vítimas precipitaram-se ao saltar, porque os que permaneceram na motorizada saíram ilesos.
Na área de Quissecula é frequente o transporte de passageiros em motorizadas, sobretudo, camponeses, apesar da entrada em circulação de mais de 10 autocarros de transportes públicos.
Alguns cidadãos interpelados pela ANGOP lamentaram o facto, que consideram ser o resultado da falta de equilíbrio na determinação das rotas dos transportes públicos.
A camponesa Maria Manuel contou que na zona em que ocorreu o acidente não se regista a circulação de autocarros e, como alternativa, os camponeses usam motorizadas de três rodas ou viaturas para o transporte de mercadorias.
Mateus Zacarias, também camponês, apelou às autoridades que façam melhor distribuição dos autocarros, que a nível da cidade de Ndalatando têm as rotas mais direccionadas para o Norte, em detrimento da região Sul.
O Ministério dos Transportes atribuiu este ano 27 autocarros de 62 lugares/cada para reforçar as rotas inter-urbanas nos municípios do Cazengo, Cambambe, Lucala e Golungo Alto.
De acordo com o director do Gabinete Provincial dos Transportes, Tráfego e Mobilidade Urbana, João Sebastião, tendo em conta a especificidade dos meios, os autocarros deverão circular no casco urbano, mas excepcionalmente poderão estender a actividade para as rotas inter-municipais e para transporte de camponeses.
Em 2020, a província beneficiou de 20 autocarros, no âmbito do programa do Ministério dos Transportes de distribuição de 1.500 autocarros às 18 províncias do país.