Mbanza Kongo – O coordenador geral da comissão instaladora da Empresa Pública de Águas e Saneamento do Zaire (EPASZ-EP), Diasonama Nsoki, afirmou, esta quinta-feira, em Mbanza Kongo, que a dívida de 155 milhões de kwanzas, acumulada pelos consumidores, entre Janeiro de 2021 e Março de 2024, está a inviabilizar a implementação de outros projectos ligados ao sector das águas na região.
Em declarações à ANGOP, o responsável considerou de elevado o valor em dívida, contraído por clientes de categoria doméstica e serviços, nos municípios de Mbanza Kongo e do Soyo.
De acordo com a fonte, a dívida dos clientes para com a EPASZ-EP tem criado constrangimentos nos custos de exploração do sistema de água e da auto-sustentabilidade da empresa.
“Estamos a passar por um momento muito crítico, ao ponto de não conseguirmos de adquirir os produtos químicos que são usados para o tratamento de água fornecida todos os dias à nossa população”, referiu.
Acrescentou que a empresa que dirige tem em carteira alguns projectos virados para o alargamento da rede de distribuição de água e o aumento das ligações naqueles bairros, que, na primeira fase, não foram contemplados.
Fez saber que, na primeira fase, foram feitas 10 mil e 295 ligações tipo torneira de quintal nas duas cidades (Mbanza Kongo e Soyo), número que considerou irrisório devido ao crescimento da população, pelo que a EPASZ-EP projecta executar nos próximos tempos cerca de 25 mil novas ligações para atender a demanda.
O projecto, prosseguiu, contempla, também, a construção de uma conduta de 150 km, assim como de duas torres de 1.050 e 2. 500 metros cúbicos, no bairro 11 de Novembro e na zona da Bela vista, periferia da cidade de Mbanza Kongo, devendo beneficiar cerca de 175 mil famílias.
“Queremos tornar a empresa mais rentável com esses novos projectos, pelo que pedimos aos nossos clientes a pagarem regularmente o consumo de água para a execução das acções em carteira”, solicitou.
Para o efeito, disse que a EPASZ-EP está levar a cabo uma campanha de sensibilização junto dos consumidores devedores, para depois passar à fase de cortes.
Actualmente, a Empresa Pública de Águas e Saneamento do Zaire controla 72 mil clientes.
O fornecimento de água potável à cidade de Mbanza Kongo é assegurado por um centro de captação erguido a partir do rio Lueji. A mesma tem capacidade instalada de mil e 50 metros cúbicos/hora.
Inaugurado em 2019, o sistema de captação, tratamento e distribuição de água da cidade Património Mundial é sustentado por um reservatório apoiado de dois mil metros cúbicos e uma torre de mil metros cúbicos, perfazendo um total de três mil metros cúbicos. JL