Huambo – A governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, afirmou, esta sexta-feira, que o combate às desigualdades sociais passa, necessariamente, por pela profissionalização da mulher, para permitir o desenvolvimento integrado e sustentável das comunidades.
A governante falava no acto provincial comemorativo ao Dia Internacional da Mulher, que hoje se assinala, sob o lema “Investir na mulher para acelerar o progresso social e económico do país”, decorrido na cidade do Huambo e com reflexões em torno das conquistas profissionais alcançadas pelas senhoras.
Disse que a profissionalização certa permite a emancipação da mulher, tornando-a mais competente e participante nos planos estratégicos sobre as políticas públicas, voltadas para o melhoramento das condições de vida da população.
Destacou a necessidade do envolvimento de todos no combate cerrado à desigualdade económica e à vandalização do património público, para manter as condições básicas das comunidades e evitar a duplicação de projetos.
Lotti Nolika referiu que esta luta se torna viável através da formação acadêmica das mulheres para a elevação do seu nível de participação quantitativa e qualitativa em termos de competências nos diversos órgãos de tomada de decisão política, onde na província do Huambo é notória o envolvimento da liderança feminina.
Espera-se que as mulheres tenham foco de liderança responsável para que, unidas, sejam capazes de contribuir na harmonia social.
A governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, disse que a sociedade precisa de mulheres sábias para melhor proteger as famílias e consequentemente contribuir na preservação da paz nesta região do planalto Central.
Por isso, disse ser necessário que sejam dinamizados os programas de luta contra o acoolismo, prostuição, violência doméstica, sexual de menores, exploração do trabalho infantil, casamento precoce e todas acções desumanas que comprementem o progresso social das comunidades.
Visão das mulheres
Por outro lado, as mulheres reafirmaram a continuidade de reveindicar pelos seus direitos, através da emacipação para a consolidação da igualdade de género, bem como o combate aos factores que possam promover a discriminação social.
A coordenadora da Promoção da Mulher Angolana da Igreja Católica (PROMAICA) na província do Huambo, Amélia Cassenda, disse ser fundamental o envolvimento das mulheres nos programas de desenvolvimento local e na protecção das crianças, para evitar situações anti-sociais nas comunidades.
A venezuelana Marialy Paz de Rodrigues, professora do Instituto Superior Político da Universidade José Eduardo dos Santos, considerou importante que se combatam todas as formas de trabalho precário das mulheres, com a aposta na formação académica, para assumir com responsabilidade o compromisso da transformação das normas sociais.
O acto provincial do Dia Internacional da Mulher ficou marcado com o desfile das mulheres dos vários organismos públicos e privados, para além da demonstração das principais potencialidades agro-pecuárias.LT/ALH