Ndalatando – O grupo de deputados do Círculo Provincial da Assembleia Nacional no Cuanza Norte vai fazer advocacia a favor de crianças com necessidades educativas especiais, para que tenham melhor assistência.
Em declarações à ANGOP, a propósito de uma doação ao centro AJA-Associação Juvenil Amigo do Amigo, de apoio a estes menores na cidade de Ndalatando, a deputada Nari Aguiar considerou que estes petizes precisam de melhor assistência médica e apoio social.
“Vamos trabalhar com o Executivo para ver se conseguimos arranjar outro espaço e também apoiar o centro, porque tem muitas necessidades”
A parlamentar valorizou o trabalho que está a ser efectuado no local, considerando que se precisa do apoio do Governo porque existem na província muitas crianças com necessidades educativas especiais que carecem de assistência.
Garantiu que, enquanto aguardam pelo apoio, o grupo de deputados do Círculo Provincial vai continuar a assistir o centro.
Em relação à doação, composta por bens alimentares e material de higiene, informou que visa saudar o mês da criança e minimizar a carência na instituição.
O centro foi criado por um casal jovem, com o objectivo de apoiar familiares e cambater a exclusão social destes menores.
A instituição presta assistência médica e psico-social a 30 crianças, maioriamente de famílias carentes, e subsiste com recursos próprios do casal, contribuição mensal de cinco mil kwanzas dos progenitores e apoio de alguns cidadãos.
Em funcionamento desde 2022, o centro infantil acolhe petizes com autuísmo, síndrome de down e paralisia cerebral, que beneficiam de assistência regular em terapia da fala, ocupacional, psicologia e psiquiatria.
Segundo o mentor do projecto, Manilson de Oliveira, o centro tem o apoio de especialistas dos gabinetes provinciais da Educação e da Saúde, sobretudo em relação às consultas de psicologia e terapia da fala.
Tem seis funcionárias e enfrenta dificuldades no pagamento de salários, logística para alimentação dos petizes e aquisição de equipamentos especializados para a terapia dos menores.
Manilson de Oliveira disse que, fruto do actual contexto, a direcção viu-se forçada a estabelecer um limite de 30 crianças para atendimento, situação que tem deixado muitos sem assistência.
No município do Cazengo (sede provincial do Cuanza Norte) existe também uma escola especial que alberga 650 alunos com necessidades educativas especiais.
A escola conta com um internato com capacidade para albergar 60 alunos, divididos em dois pavilhões, um para rapazes e outro para raparigas, que acolhe 48 crianças órfãos e com necessidades educativas especiais, entre as quais oito meninas. LJ/IMA/CRB