Menongue - A província do Cuando Cubango registou, de Janeiro a Junho deste ano, 99 casos de violência doméstica, contra 93 do período anterior de 2023.
Dos casos registados, maioritariamente cometidos por homens, 39 foram resolvidos, sete dos quais por separação por concórdia em ambas partes.
Outros seis casos por falta de prestação de alimentos a menores foram enviados para o Tribunal, dois por agressão física e desobediência ao Serviço de Investigação (SIC) e quatro, por desobediência, enviados ao DIIP.
Esses números foram apresentados pela directora do Centro de Aconselhamento, afecto à Direcção do gabinete da Acção Social, Família e Igualdade do Género no Cuando Cubango, Maria Cacuhu Fernanda Cambinda, quando procedia, hoje, sexta-feira, ao balanço semestral à ANGOP.
Segundo Maria Cambinda, os casos mais frequentes de violência doméstica notificados são os de fuga à paternidade, falta de prestação de alimentos, incumprimento da mesada, ofensas morais, privação de liberdade, adultério e chantagem.
Daí que, conforme a directora, o Gabinete da Família vai continuar a realizar palestras, seminários, debates radiofónicos e workshops sobre combate à violência doméstica e no género, para a redução da prática do fenómeno que tem desestruturado as famílias.
Fez saber que, neste contínuo combate contra a violência doméstica, estão envolvidos profissionais e activistas formados, que sensibilizam, de três em três meses, junto dos bairros, unidades militares, policiais, igrejas e outros sectores, sobre o perigo que representa o fenómeno na sociedade, com realce nas famílias.
Considerou importante a necessidade de trabalhar, de forma redobrada, na harmonização e conciliação das famílias, daí envolver, nos debates, os órgãos de comunicação social, as jovens mulheres empoderadas em matéria de liderança e raparigas formadas em pequenos negócios. ITH/ALK/FF/PLB