Luena – O gestor do Complexo Monumento à Paz, Raimundo Matchai, reiterou, hoje, no Luena, província do Moxico, a denúncia sobre o elevado nível de vandalização da infra-estrutura, que simboliza a maior conquista dos angolanos no período pós-dependência.
Os últimos actos de vandalização desta imponente infra-estrutura, inaugurada em 2012 pelo ex – Presidente da República, José Eduardo dos Santos, ocorreram recentemente, com a retirada dos letreiros que compõe a palavra “paz”, ofuscando a estética do local, que diariamente concentra centenas de visitantes
Intervindo numa palestra sobre a importância dos sítios e monumentos históricos do município do Moxico (sede provincial), o director do Complexo Turístico e Cultural Monumento à Paz, Raimundo Zango Machai, denunciou que as letras foram vandalizadas no período da quadra festiva.
Apesar da protecção que beneficia de efectivos da Polícia Nacional escalados no local, a infra-estrutura tem sido palco de vários roubos.
A ANGOP já denunciara, por diversas ocasiões, sobre o estado avançado de degradação desta infra-estrutura que, apesar da importância que carrega para a história do país, apresenta sinais de degradação, com risco de, num futuro muito próximo, transformar-se em ruína, porque, desde a sua inauguração, ainda não beneficiou de manutenção.
Esta imponente obra, erguida no Centro-Leste da cidade do Luena, dentro do mítico zoológico ‘Jardim Lenine’, esteve sob responsabilidade dos ministérios da Construção, da então Cultura e do Governo da Província do Moxico.
Infelizmente, a “estátua da paz” carece de remodelação, com destaque para a “pomba e os braços” que a suportam. Perderam o brilho, face à intensidade do sol e das chuvas predominantes na região.
A estrutura na qual funciona a área administrativa, como a sala de conferências e a biblioteca, apresenta fissuras nas partes interna e externa, verificando-se sinais de infiltração de água, situação que está a provocar o desmoronamento “silencioso” do edifício.
O principal ponto de atracção dos visitantes do complexo é a “Estátua da Paz”, uma construção arquitectónica com cerca de 30 metros de altura, esculpida em bronze.
O complexo foi inaugurado há quase 12 anos (4 de Abril de 2012) pelo então Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
A infra-estrutura foi projectada para ser um Centro de Estudos e Produção Bibliográfica de todo o processo que determinou a conquista da paz em Angola, mas nunca chegou a funcionar, de acordo com o seu propósito, por falta de condições humanas e de logística.
O director do complexo, Raimundo Matchai, declarara à ANGOP que apenas 20 por cento da capacidade do imóvel está a ser explorada.
Naquele espaço, funciona a área de restauração, biblioteca com mais de seis mil exemplares, sala de exposição de peças arqueológicas, quadra desportiva e internet da rede Angola-Online, com um raio de 30 metros de alcance. LTY/TC