Caxito – A Comissão Diocesana de Justiça e Paz da Diocese de Caxito, da Igreja Católica, promoveu sexta-feira, em Caxito, um debate sobre as políticas públicas nos sectores da Educação e Saúde na província.
O encontro contou com a participação de responsáveis e técnicos dos sectores de educação, saúde, administração, sociedade civil e religiosas e visou encontrar soluções para a melhoria das instituições públicas.
Na ocasião, o coordenador da Monitoria Social da Diocese de Caxito, Domingos Afonso, explicou que a Comissão de Justiça e Paz tem realizado, desde 2019, visitas em algumas unidades sanitárias e escolas no Bengo, tendo constatado aspectos negativos que exigem dos detentores de decisões melhorias em benefício da população.
Dos problemas constatados nos municípios do Dande, Dembos, Pango Aluquém e Bula Atumba constam o abandono escolar, reprovações, a falta de higiene sobretudo nas casas de banho, falta de segurança e de auxiliares de limpeza nas maioria das escolas do sector público, bem actos de vandalização em algumas escolas.
Essas constatações são apresentadas num relatório da comissão que é entregue às entidades competentes para que possam tomar decisões passíveis de melhorar o quadro nos sectores visados.
Assegurou que a Comissão Diocesana de Justiça e Paz vai continuar a exercer o papel da advocacia junto dos tomadores de decisão para melhorar as preocupações que assolam a população na província.
O encontro abordou igualmente questões sobre o Orçamento Geral do Estado na óptica da monitoria dos programas públicos da educação.
O presidente dos Sindicatos dos Médicos de Angola, Adriano Manuel que dissertou o tema sobre "políticas no sector da saúde" reconheceu que nos últimos tempos o Governo tem investido seriamente a nível da assistência terciária, mas ainda não satisfaz a população.
Segundo Adriano Manuel é necessário investir mais nas comunidades, com a construção de mais postos de saúde, centros médicos equipados para responder com o perfil epidemiológico do país, prevenindo as doenças como a malária, respiratórias e diarreicas que matam muitas pessoas em Angola. MD/CJ/PA