Huambo – O êxito das acções de combate à pobreza passa pela baixa do preço dos equipamentos e meios agrícolas, com realce para os fertilizantes, no sentido de se reforçar a capacidade produtiva dos camponeses.
Esse ponto de vista foi defendido hoje, terça-feira, na cidade do Huambo, pelo secretário provincial da Unita na circunscrição, Alcino Kuvalela, durante uma conferência de imprensa sobre aspectos políticos, sociais e económicos da região.
Referiu que a redução do preço dos fertilizantes, além de aumentar a produção, ajuda a elevar a segurança alimentar das famílias.
O dirigente disse estar preocupado com o actual preço do saco de adubo de 50 quilogramas que está a ser comercialização a 27 mil kwanzas, contra os cinco mil estipulados pelo Governo, para facilitar os camponeses, muitos deles com fraca capacidade financeira.
Alcino Kuvalela salientou que para a diversificação da economia é necessário que as famílias produzam o suficiente para terem uma segurança alimentar aceitável e comercializarem o excedente.
O secretário provincial da Unita do Huambo sublinhou a necessidade de o Governo subvencionar os preços dos fertilizantes, além de aumentar a quota de 1% porcento disponibilizada pelo Orçamento Geral do Estado (OGE) na agricultura.
Lembrou que outros países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) investem 10% do OGE na agricultura.
Alcino Kuvalela, por outro lado, ressaltou que o momento no país é de unidade nacional contra as tendências de subversão da democracia e do modelo da economia do mercado, para que “de mãos dadas” se possa combater o desemprego e a pobreza.
Vivem na província do Huambo, região do planalto central de Angola, dois milhões, 519 mil e 309 habitantes, na sua maioria camponeses, que fazem das potencialidades agro-pecuárias a principal fonte de rendimento.