Dundo – O Comandante provincial da Polícia Nacional na Lunda Norte, Gerson Miguel, prometeu hoje, quinta-feira, reforçar o policiamento de proximidade como factor de interacção com as comunidades, com vista a baixar os índices da criminalidade na província.
Perspectivando o presente ano, Gerson Miguel disse que o órgão vai igualmente, continuar a realizar patrulhas autos e apeadas, com maior incidência no período nocturno, particularmente nos chamados pontos negros, bem como implementar medidas que visam a prevenção da criminalidade.
Disse que o Comando Provincial vai continuar a promover acções formativas com vista a dotar os agentes de conhecimentos técnico-profissionais, para o melhor desempenho das suas actividades.
Informou que em 2022, a situação de segurança pública na Lunda Norte foi caracterizada de estável, não obstante o registo de 1.369 crimes de natureza diversa, mais 256 comparativamente ao período anterior.
Destes crimes, 1.147 esclarecidos, o que representa 90 por cento da operatividade policial.
Foram detidos 1.730 cidadãos, entre os quais 1.451 nacionais, 276 estrangeiros, sendo 260 cidadãos da República Democrática do Congo, dois Belgas, oito Eritreus, três da Costa do Marfim, igual número da Serra-Leoa, um Senegalês, duas Indianas, sete Mauritanianos, nove Guineense e um Costa Marfinense.
Informou que Chitato com 39%, Cuango com 18% e Lucapa com 16%, foram os municípios com maior índice de criminalidade.
Superlotação na cadeia de Cacanda
O também delegado provincial do Interior, informou que o Estabelecimento Prisional de Cacanda, continua a registar superlotação.
Disse que actualmente o estabelecimento alberga, com a capacidade de albergar 480 reclusos, conta actualmente, com 630 presos, destes 616 do sexo masculino e 14 do sexo feminino, acompanhados de 5 crianças, o que representa uma superlotação de 150 prisioneiros.
Dos 630 reclusos, 253 estão em regime de prisão preventiva e 377 condenados.
Para resolução da superlotação, o delegado disse que tem estado a trabalhar com os órgãos de justiça (Procuradoria-geral, Serviço de Investigação Criminal e Tribunais), no sentido de acelerarem os processos, com vista a se evitar o elevado número de prisões preventivas.