Namacunde - O comandante da Polícia Fiscal Aduaneira, comissário Manuel Chima, destacou, terça-feira, em Santa Clara, província do Cunene, a determinação das forças no asseguramento da fronteira entre Angola e Namíbia.
O oficial falava à imprensa antes da delegação chefiada pelo comandante-geral da Polícia Nacional (PN), comissário-geral Arnaldo Carlos, partir para a Namíbia, para um encontro com o homólogo deste país, para analisar aspectos relacionados com a segurança na fronteira e o reforço das relações.
No âmbito da visita, desde segunda-feira, do comandante-geral da PN ao Cunene, o comissário Manuel Chima revelou que todas as forças policiais estarão engajadas no controlo da fronteira, que inclui o Posto Aduaneiro de Santa Clara, o mais movimentado da região.
“No quadro da gestão coordenada, fiscalizámos todas as mercadorias que entram e saem do país, numa acção com as forças que trabalham a nível da fronteira. O controlo é efectivo e não temos situações negativas”, afirmou.
Em relação ao contrabando de combustível, explicou que as medidas já estão tomadas e a Polícia Fiscal Aduaneira, a Polícia de Guarda Fronteira, o Serviço de Migração e Estrangeiros e o Serviço de Investigação Crminal, no quadro da gestão coordenada, estão engajados na fiscalização do perímetro.
Disse que a intervenção dos órgãos que actuam na fronteira deve-se a boa relação e colaboração com a população, que contribui com denúncias de ilícitos, como a imigração ilegal e a fuga ao fisco.
Manuel Chima considerou estável o quadro actual da fronteira, apesar do registo de alguns crimes que requerem acções conjuntas com a Polícia namibiana, para maior investigação e detenção dos autores.
No primeiro dia de trabalho no Cunene, o comandante-geral da PN manteve encontro com a governadora local, Gerdina Didalelwa, visitou o Comando Municipal da Polícia do Cuanhama e reuniu com membros do Conselho Consultivo do Comando Provincial.
Visitou ainda o sistema de transferências de água do rio Cunene, no Cafu, onde garantiu que serão criadas as condições com vista ao seu asseguramento, para se evitar actos de vandalismo.
A província do Cunene partilha 460 quilómetros de fronteira com a Namíbia, dos quais 340 terrestres e 120 fluviais.