Lobito - Quinze espécies do grupo fitoplanctonico foram encontradas, após análises laboratóriais realizadas pelo Centro de Investigação Pesqueira e Maritima (CIPM), no Lobito, a propósito do afloramento excessivo de algas na orla maritima.
Falando à ANGOP, esta quinta-feira, o investigador Enoque Vasco afirmou que após o surgimento deste fenómeno, uma equipa constituída por técnicos do Gabinete Provincial da Agricultura e Pescas, e do Ambiente deslocou-se até a entrada da Baía para colher amostras da água do mar para análise.
Com base no relatório do CIPM, disse que a instituição não possui um espectrofotometro para análise de nutrientes, por isso, foram feitas análises de alguns parâmetros fisico-quimicos apenas, nomeadamente a temperatura e fluorescência da água e aspectos metereológicos.
Este grupo de filoplacton, segundo o técnico. na sua maioria apresenta alto grau de toxidade, pelo que são responsáveis pelo crescimento massivo de microalgas tóxicas.
"Nesta altura é bom que as pessoas evitem mergulhar e comer marisco, devido ao risco de intoxicação", aconselhou.
As mudanças associadas ao excesso de matéria orgânica na orla costeira facilita um ambiente rico de nutrientes que favorece o crescimento massivo de microalgas.
Por outro lado, os estudos das mudanças climáticas ao longo da costa angolana, em particular na Baía do Lobito, são realizados mediante a recolha sistemática de parâmetros ambientais, tais como a temperatura da superficie do mar, do ar circulante, pH, fluorescência, oxigénio dissolvido, fitoplancton, transparência, cor e nebulosidade da água.
O Centro e Investigação Pesqueira e Maritima, localizado na cidade do Lobito, é uma instituição pública, vocacionada para a realização de estudos sobre os recursos biológicos marinhos, das águas continentais e do ambiente dos respectivos ecossistemas, bem como o alcance de alta qualidade dos produtos de pesca. TC/CRB