Lubango – Cidadãos da província da Huíla defenderam, hoje, segunda-feira, maior diversidade da informação divulgada pelos órgãos de comunicação social, como forma de ajudar a construir uma sociedade melhor informada e mais crítica.
Ouvidos pela Angop, por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (3 de Maio), alertaram para o perigo de abordagem dos mesmos assuntos nas rádios, jornais e televisões locais.
O sociólogo Miguel Kapawa defendeu melhor afinação da pauta dos meios de comunicação locais, para fugir à rígida agenda governamental, devendo olhar mais para os problemas das comunidades.
Admitiu haver melhorias na liberdade de imprensa, assim como alguma pluralidade, mas é necessário que às empresas de comunicação diversifiquem um pouco mais o conteúdo que passam.
Orlando Rangel, professor do ensino secundário, sugeriu a opção por trabalhos exclusivos, como forma de diversificar a informação que circula.
“Notamos que os assuntos que são abordados, por exemplo, no jornal principal da Rádio Huíla, são 90 por cento os mesmos que as outras quatro rádios do Lubango abordam, tornando a comunicação de massa pouco atractiva e noticiários pouco interessantes”, frisou.
O engenheiro de minas Thuhafeni Elias é de opinião que os jornalistas sejam submetidos a acções de refrescamento contínuo e regular, a fim de que o produto final seja algo que ajude a criar uma sociedade mais informada e crítica.
Apelou também para a importância das fontes darem aos jornalistas a informação que a população precisa saber, pois a mídia deve investigar e publicar informações de forma livre.
O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa foi criado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), através da Decisão A/DEC/48/432 de 1993.
A data alerta sobre as impunidades cometidas contra centenas de jornalistas que são torturados ou assassinados como consequência de perseguições por informações apuradas e publicadas por estes profissionais.