Golungo Alto - Mil e 881 campos minados, dos três mil existentes no país, foram desactivados, nos últimos anos, fruto das acções de desminagem em curso em Angola, confirmou esta quarta-feira a Agência Nacional de Acção Contra Minas (ANAM).
Segundo a directora-geral adjunta para área técnica da ANAM, Isabel Macela, o país tem actualmente mil 119 áreas minadas, cujos trabalhos decorrem a bom ritmo para a sua desativação.
A responsável, que falava à imprensa à margem de uma visita de constatação dos trabalhos de desminagem, no município do Golungo Alto, indicou as províncias do Cuando Cubango, do , Bié e do Cuanza-Sul como as com maior número de campos minados, maioritariamente, localizados em zonas de produção agrícola, vias de comunicação e linhas de transporte de energia.
Segundo Isabel Macela, o Executivo conta nessa empreitada com o apoio de parceiros internacionais que não têm "poupado esforços" para que Angola cumpra com as metas e compromissos internacionais.
Além da acção de desminagem, precisou que a ANAM tem prestado assistência às vítimas de acidentes com minas e campanhas de sensibilização contra os perigos das minas nas comunidades e zonas urbanas.
Isabel Macela fez parte da comitiva do embaixador da Bélgica em Angola, Stéphane Doppagne, que constactou os trabalhos de desminagem, na província.
A Bélgica é um dos financiadores do processo de desminagem l, em Angola.
As acções de desminagem no Golungo Alto, concretamente, na zona de Tunda Sanji, arredores da sede municipal, iniciaram-se, há quatro meses.
Os trabalhos estão a cargo da ONG Ajuda Popular da Noruega (APN), num espaço de 75 mil e 39 quilómetros quadrados, dos quais 22 mil e 76 já concluídos.
Na área desminada, foram removidos 116 minas anti-pessoal de diversos tipos e 204 não detonados.
Quando se concluirem os trabalhos, a referida zona vai beneficiar directamente cerca de dois mil habitantes.
Além do Golungo Alto, o embaixador visitou também um campo de desminagem, no Lucala 2, no município de Cazengo (sede da província), bem como manteve um encontro de cortesia com o governador da província, João Diogo Gaspar. EFM/IMA/IZ