Ondjiva- A exigência da melhoria salarial dos trabalhadores e a adopção de novas políticas macro- económicas para fazer face à situação económica e financeira, constitui ponto-chave do caderno reivindicativo das centrais sindicais de Angola, informou, sexta-feira, no Cunene, o membro da Comissão Executiva da UNTA-CS, Vasco de Almeida.
Angola conta com três Centrais Sindicais, nomeadamente União Nacional dos Trabalhadores Angolanos - Confederação Sindical (UNTA-CS), Central Geral dos Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), e pela Força Sindical, que engloba sindicatos de vários ramos de actividades.
Vasco de Almeida realçou que o caderno reivindicativo tem no essencial a exigência da melhoria salarial dos trabalhadores e a adopção de novas políticas económicas para fazer face à inflação, os níveis de desemprego e às dificuldades de acesso às divisas.
Para tal, decorre esta sexta-feira, em simultâneo nas 18 províncias plenárias sindicais, com objectivo de divulgar o caderno reivindicativo elaborado pelas três centrais e remetido ao Executivo em Setembro último.
Disse que os sindicatos pretendem o reajuste de salários na ordem de 250 por cento, o aumento do salário mínimo, actualmente fixado em 48.271,73 kwanzas para 240 mil kwanzas que corresponde a 300 dólares americano, o desagravamento do Imposto de Rendimento de Trabalho (IRT), para 10 por cento entre outros.
Fez saber que o caderno reivindicativo divulgado, surge em função do facto de não terem sido satisfeitas as recomendações do Memorando de Maio de 2022 e da Declaração Final, apresentados por ocasião do Dia Internacional do Trabalhador., assim como da actual conjuntura económica que o país vive, caracterizado pela perda do poder de compra das famílias.
Actualmente, acrescentou, os trabalhadores não conseguem viver com os salários que auferem, por isso, o Estado deve criar melhores condições remuneratórias que os dignifique.
Já o secretário da UNTA no Cunene, Eliseu Honge, enalteceu a importância do encontro, que vai colher resultados para o bem dos trabalhadores angolanos, pelo que solicitou maior participação e contribuição nos temas abordados.
Recordou que as associações sindicais na qualidade de defensores de trabalhadores e parceiros do governo, devem continuar com o trabalho de mobilização e sensibilização dos trabalhadores para denunciar injustiças em diferentes campos de trabalho em que são alvos e propor soluções mais consertadas.FI/LHE/ART