Ondjiva – Trinta e um casos de violência contra crianças foram registados no primeiro trimestre do ano em curso, pelo Instituto Nacional da Criança (INAC), na província do Cunene, menos 15 em relação a igual período de 2023.
Os dados foram prestados este sábado, à ANGOP, pelo chefe da Secção de Protecção à Criança do INAC no Cunene, Macuntina Samuel, realçando que os casos resumem-se em violência sexual com 11, agressão física com três, fuga a paternidade e maternidade com quatro, um homicídio e 12 negligências.
Apesar da redução dos casos, devido ao aumento da cultura de denúncias, o responsável considera, ainda, preocupante a situação, pois a maior parte desses crimes acontecem no seio familiar, com destaque para a violência sexual.
Fez saber que o combate a violência contra menores continua a ser um desafio que o INAC, em parceria com outras instituições e organizações não governamentais, procura reforçar através do diálogo mais com as famílias.
Disse que contam com redes de protecção e promoção de direitos e 11 compromissos da criança, no trabalho de sensibilização e consciencialização permanente dos pais e encarregados de educação nos bairros e aldeias.
Macuntina Samuel apelou a sociedade a denunciar mais os casos de violência infantil que ocorrem nas comunidades, com vista a prevenir estes crimes e garantir o bem-estar físico e emocional da criança.
A província do Cunene conta com sete Redes de Protecção à Criança, sendo uma provincial e seis municipais, que se ocupam da dinamização das actividades de combate e prevenção da violência contra menores nas famílias. PEM/LHE/ART