Andulo – Os primeiros beneficiários do subprojecto de micro crédito, afecto à componente da Inclusão Produtiva do Programa de Fortalecimento e Protecção Social (KWENDA), no município do Andulo, província do Bié, começaram já a reembolsar o dinheiro, dado há seis meses.
O acto de devolução dos valores, na totalidade, começou, nesta sexta-feira, na localidade de Cangalo.
Os beneficiários receberam valores que variam entre os cem mil kwanzas em diante, para apostarem no início ou recuperação do auto-negócio, sendo que o reembolso é feito directamente às caixas comunitárias.
Desde a sua implementação, em 2021, a componente da inclusão produtiva já beneficiou 103 cooperativas no município do Andulo, igualmente com de diversos fertilizantes (adubos e amônio) e sementes melhoradas de tomate, cebola e repolho.
A acção visa incentivar o fomento da produção agrícola nas comunidades, consubstanciadas no fomento de bancos de sementes, distribuição de gado caprino e suíno, bem como na criação de caixas comunitárias, onde dez grupos receberam dinheiro para créditos.
Numa cerimónia testemunhada pelo administrador adjunto do Andulo para o sector Político, Social e das Comunidades, Justino Cassoma Covi, os beneficiários enalteceram a iniciativa do Executivo na implementação deste subprojecto, que possibilitou a rápida recuperação do auto-negócio e sustento das famílias nesta comunidade do Cangalo.
Em declarações à ANGOP, Francisco Sanjengo sublinhou que recebeu 150 mil kwanzas, que lhe permitiu abrir um pequeno negócio de venda de cremes, lanternas, pilhas, redes e outros utensílios, pensando já evoluir para uma cantina e empregar mais jovens.
Já Paulina Cassinda, outra inscrita no subprojecto, afirmou que, com o valor dado de cem mil, entendeu apostar na venda de plásticos, como bacias, baldes, pratos, talhares e outros objectos, sendo que o lucro ajuda quer fomento do negócio quer no sustento da família.
Outra beneficiária, Eugênia Nassoma, adiantou que recebeu 100 mil, o que facilitou adquirir e revender produtos da cesta básica, especialmente óleo vegetal, sal, sabão e massa alimentar.
Com o lucro, avançou, tem apostado no desenvolvimento da agricultura.
Entretanto, o director do Instituto de Desenvolvimento Local (FAS) no Bié, Rizoni Costa Chivembe, destacou a resiliência das pessoas que hoje começaram a reembolsar os valores, na medida em que vai contribuir no alargamento da assistência de mais aldeias e bairros do Andulo.
Rizoni Costa Chivembe, que procedeu, de igual modo, à abertura da segunda fase de entrega de micro crédito aos cidadãos que já se inscreveram neste subprojecto na aldeia de Cangalo, chamou atenção dos futuros abrangidos, a fim de demonstrarem maior responsabilidade no cumprimento fiel do dinheiro e da materialização do auto-negócio.
Portanto, o administrador adjunto do Andulo para o sector Político e Social das Comunidades, Justino Cassoma Covi, apelou às famílias locais no sentido de se inscreverem na componente de micro crédito do KWENDA, após identificar melhor a área do seu auto-negócio, visando reduzir a pobreza e a fome nesta jurisdição.
O Kwenda iniciou nesta segunda-feira (6 de Maio) com os pagamentos da 4ª e 5ª fases no Andulo, com a previsão de abranger 46 mil e 954 famílias que vivem em 426 aldeias.
Para este município, localidade que acolheu o lançamento do programa a nível provincial, no dia 29 de Abril de 2021, estão cadastrados até, ao momento, 51 mil 800 agregados nas comunas sede, Cassumbi, Chivaúlo e Calussinga.
Em toda a província do Bié, estão cadastradas mais de 195 mil famílias, onde mais de 171 agregados já beneficiam do dinheiro nos municípios do Andulo, Nhãrea, Cuemba, Camacupa e Chitembo.
Por pagar, falta o município do Cunhinga, que já cadastrou mais de 23 mil famílias.
Inicialmente o valor fixou-se em oito mil e 500 Kwanzas por mês, em 2022 o valor subiu para 11 mil, em que cada agregado está a receber 33 mil trimestralmente.
JEC/PLB