Catumbela - O Banco de Comercio e Industria (BCI) doou esta quinta-feira produtos da cesta básica e equipamentos a dois lares infanto-juvenis, no município da Catumbela, província de Benguela, soube a ANGOP.
Além de produtos alimentares, de higiene e utensílios de cozinha, constam também cadeiras de rodas e outros equipamentos que visam apoiar os utentes.
Segundo o administrador comercial do BCI, Jardel Duarte, no quadro da responsabilidade social da instituição bancária está previsto estender esta solidariedade a mais instituições a nível de todas as províncias de Angola.
"Estes apoios não vão parar por aqui. Vamos passar a nos inteirar das necessidades dos lares para fazer chegar o nosso apoio e convidar outros parceiros a fazer o mesmo", prometeu o administrador.
O lar Anjo da Guarda, localizado na comuna do Gama, controla 65 jovens com idades compreendidas entre 14 e 29 anos, matriculados no primeiro e segundo ciclos de ensino.
De acordo com a sua coordenadora, irmã Florinda Nguelengue, o lar passa por varias dificuldades, desde a alimentação, locomoção dos jovens portadores de deficiência física, entre outras.
Entretanto, a instituição tem tido iniciativas tais como cursos de culinária, pastelaria, costura, inclusive tem um terreno de um hectar para agricultura.
"Precisamos do apoio de um tractor e fertilizantes para trabalhar o campo, que nesta altura está a ser vandalizado", queixou-se a irmã.
Já o lar Nossa Senhora Perpétua Socorro, também no Gama, controla 63 jovens dos seis aos 23 anos de idade.
Além de crianças órfãs, também tem portadores de deficiência física.
A irmã responsável, Cecília Cassenhe, manifestou o desejo de ter um posto médico, cantina, professores formados em linguagem gestual e braille para ministrar aulas na instituição
"Precisamos também de transporte, porque o nosso bairro não oferece condições, como hospital ou posto médico, e quando as crianças estão doentes é um grande problema devido as distâncias", lamentou.
Em termos de apoio, a irmã afirmou que por enquanto dependem de pessoas de boa-fé. “Estamos ansiosos em ter um padrinho para termos apoio regularmente", frisou.
Ambas responsáveis agradeceram o gesto do BCI, por ter aparecido numa altura em que aquelas instituições carecem principalmente de bens de primeira necessidade. TC/CRB