Bailundo – Cento e 62 casos de violência contra a criança foram registados, entre Janeiro e Março deste ano, no município do Bailundo (Huambo), menos 99 comparativamente ao igual período de 2021, soube esta terça-feira, a ANGOP.
A administradora municipal adjunta para o sector Político, Social e das Comunidades, Lami Mateia, disse tratar-se da fuga à paternidade, com 55 ocorrências, da não prestação de alimentos (90) e a privação de bens e liberdade (17).
A responsável disse que a diminuição resultou das campanhas de sensibilização levadas a cabo pelas autoridades locais junto da comunidade, sobre a necessidade de proteger e prestar mais atenção aos menores.
Para contrapor a situação da violência contra a criança, Lami Mateia disse que as Administração municipal criou, em 2021, um comité executivo de resgate de valores morais e cívicos, constituído por entidades eclesiásticas, autoridades tradicionais, funcionários públicos e a sociedade civil.
Explicou que o comité tem por missão a identificação e a recolha dos menores que vivem nas ruas da vila municipal do Bailundo, na condição de mendigos, a regressarem ao convívio familiar, para além de sensibilizarem os progenitores e encarregados de educação para uma melhor protecção desta franja da sociedade.
Paralelamente, disse, estão a ser promovidas campanhas de sensibilização e palestras sobre o papel da família na sociedade, visando a preservação dos bens públicos.
O município do Bailundo, com uma extensão de sete mil e 65 quilómetros quadrados, possui uma população estimada em 372 mil 836 habitantes, segundo dados recentes do Instituto Nacional de Estatística, distribuídos em 70 povoações comerciais e 568 bairros e aldeias que compreendem as suas cinco comunas: Bimbe, Hengue, Lunje, Luvemba e sede municipal.
A sede da municipalidade, chamada por muitos como terra do Rei Ekuikui e Katyavala, está localizada a 75 quilómetros a Norte da cidade do Huambo.