Caála – Os automobilistas que circulam no troço rodoviário entre Cuima/Cussy, que liga as provinciais do Huambo e Huíla, através estrada nacional 354, clamam pelo reinício das obras de construção, paralisadas em 2019.
A obra, iniciada em Abril de 2017 e paralisada dois anos depois (2019), incorpora a reabilitação das pontes sobre os rios Calai I, com 81 metros de cumprimento e 11 de largura, Calai II com 12 metros de cumprimento e 11 de largura, Livuvu, 16 metros e 11 de largura, e Kuando, com 82.5 metros de cumprimento e 11 de largura.
Antes da paralisação da empreitada, que devia ser entregue 12 meses depois da sua adjudicação à empresa Elevo, foram feitos trabalhos de desminagem, desmatação, escavação, terraplenagem, alargamento das plataformas e colocação dos inertes ao longo da via e das passagens hidráulicas.
Ouvidos pela ANGOP, referiram ser imperioso que as estruturas de direito resolvam a situação, tendo em conta o período chuvoso.
O automobilista Domingos Alves disse que a estrada voltou a degradar-se com a intensidade das chuvas, dificultando, deste modo, a circulação de pessoas e bens, além de provocar danos nas viaturas.
O camionista Leonardo Abel referiu que o mau estado da via está a inviabilizar as trocas comerciais entre as províncias do Huambo e da Huíla, perdendo-se muito tempo na via, devido ao excesso de buracos.
Já o automobilista Isaías Aurélio frisou que o mau estado da estrada tem dificultado a circulação de viaturas e o escoamento dos produtos agrícolas do campo para as zonas de consumo do Huambo e da Huíla.
Segundo apurou a ANGOP de fonte do Instituto Nacional de Estrada (INEA), a paralisação das obras, orçadas em seis mil milhões, 496 milhões, 246 mil e 847 Kwanzas, deveu-se a questões financeiras agudizadas com a pandemia da Covid-19.
Sem qualquer garantia, a fonte informou que o empreiteiro conseguiu apenas asfaltar 15 quilómetros, dos 65 previstos, tendo mais tarde retirado todo equipamento.