Lubango - A ausência constante de algumas famílias nas localidades mapeadas na província da Huíla, para o Inquérito de Indicadores Múltiplos de Saúde (IIMS), está a criar constrangimentos ao normal andamento do processo sob alçada do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O processo que decorre em simultâneo no país, teve início a sete de Agosto do ano em curso e a actividade visa recolher e disponibilizar informações actualizadas do país sobre a fecundidade, mortalidade infantil, adulta, saúde reprodutiva, prevalência do HIV-SIDA, Hepatite B, Malária e outras patologias e termina em Dezembro, próximo.
Trabalho que está a ser desenvolvido por uma equipa composta por nove técnicos, entre inquiridores, pessoal da saúde, cartógrafo, entre outros, numa parceria com INE e o Ministério da Saúde, esbarra, na ausência constante dos chefes de família para responderem ao inquérito.
A preocupação foi manifestada hoje, terça-feira, à ANGOP, no Lubango, pelo director INE na Huíla, Sobral Katrapila, realçando ser um inquérito por amostragem, onde todos os municípios da província da Huíla foram beneficiados com algumas secções censitárias para o trabalho de campo.
“Estamos a falar de uma secção censitária, uma área geográfica limitada, onde os inquiridores prestam o seu trabalho para evitar invasão de outras localidades e na província foram seleccionadas 39 secções censitárias”, frisou.
Neste momento, prosseguiu, estão a terminar o primeiro município, o Lubango, onde das 12 secções, 10 estão concluídas, afectando os bairros 14 de Abril, Lalula, Comandante Cow Boy, Bula Matadi, falta apenas dois conglomerados, um na comuna da Arimba e outro na da Huíla.
“O que nos preocupa é a questão das ausências, porque há uma margem aceitável daquilo que é a cobertura e sempre que há ausências, fazemos a revisita no sentido de abranger o maior número de pessoas previstas, pois para além do inquérito dirigido às famílias, também tem entrevistas inividuais”, disse.
Sublinhou que neste outro segmento, no caso de homens é dos 15 aos 54 e nas mulheres dos 15 aos 49 anos de idade, todas as pessoas são elegíveis para o processo, daí que a ausência tem sido o maior constrangimento.
Aproveitou a ocasião para apelar aos agregados, aos munícipes, no sentido de abrirem as portas aos inquiridores, porque os resultados do inquérito vão servir para as autoridades actualizarem os indicadores de natureza sanitária, desde a prevalência de várias doenças, daí a necessidade de todos aderirem ao processo.
A partir desta quarta-feira, o grupo de trabalho segue aos municípios de Chipindo e Cuvango, para dar seguimento ao trabalho.
O último Inquérito de Indicadores Múltiplos de Saúde, foi realizado em 2015/2016, este é o segundo que o país realiza e na essência tem como principal objectivo actualizar indicadores que têm que ver com a prevalência de algumas doenças como a malária, anemia, VIH/Sida e uma componente sobre violência doméstica. BP/MS