Cabinda - Residentes ao longo da fronteira terrestre entre as regiões limítrofes da província de Cabinda (Angola) e da RDC (República Democrática do Congo), estão satisfeitos com o reinício do movimento migratório e das trocas comerciais, depois de dois anos encerrada, devido a Covid-19.
O cidadão Pedro Chicocolo acolheu com emoção a reabertura da fronteira que vai permitir a retomada das habituais trocas comerciais nos mercados fronteiriços existentes.
Já Estêvão Cabakabango agradeceu os esforços do governo para que as fronteiras entre Angola e RDC voltassem a reabrir uma vez que havia limitações nas visitas familiares, e não só como também privou o exercício dos mercados fronteiriços que muito ajudavam as populações que vivem ao longo das fronteiras.
Gilberto António referiu que, os mercados fronteiriços permitem as populações residentes nas aldeias vizinhas, junto das fronteiras, exercerem trocas comerciais de venda de produtos do campo, animais, bem como de pescado para ambos os lados.
Uma equipa da direcção provincial do Serviço Migração e Estrangeiros (SME) reuniu-se quarta-feira, na fronteira terrestre de Yema, a sul de Cabinda, com os homólogos da Direcção Geral de Migração (DGM) da região de Muanda/RDC sobre a retoma da movimentação oficial de entrada e saída de pessoas através do documento, passe de travessia.
A província angolana de Cabinda conta com fronteiras terrestres e fluviais com as localidades de Muanda e Mbaka Kossy (RDC) através de Yema, Yaby, Tendequela, Chiobo e Zenza do Lucula.
Os mercados fronteiriços de Mbaka Kossy/Chiobo e Zenza do Lucula são os mais concorridos devido as trocas comerciais de produtos de campo.
O acto da reabertura decorreu terça-feira no posto fronteiriço do Lufu (RDC) e foi co-presidido pelo ministro do Interior de Angola, Eugénio Laborinho, e pelo vice-primeiro ministro, ministro do Interior, Segurança, Descentralização e Assuntos Costumeiros da RDC, Daniel Asselo Okito Wankoy.
A cerimónia contou com a presença dos governadores das províncias fronteiriças de Angola com a RDC e marcou a reabertura oficial de todos os postos fronteiriços existentes ao longo dos dois mil e 511 quilómetros que separam os dois países.