Benguela – Mais de mil e duzentas pessoas, entre crianças e idosos carenciados, beneficiaram de um almoço grátis, este fim-de-semana, na cidade de Benguela, num gesto de solidariedade do advogado angolano Bruno de Castro.
Sob o lema “Sopa Solidária”, a actividade aconteceu no jardim do Largo da Peça, onde o advogado Bruno de Castro em parceria com mais de 150 amigos e alguns empresários brindaram as crianças e idosos com um almoço, vestuário e vários brindes.
Em declarações à ANGOP, o advogado filantropo disse ter aproveitado a data do seu 43º aniversário para proporcionar um dia diferente a quem mais necessita, servindo feijoada, sopa, picolés, bombons, roupa e um bolo gigante.
Bruno de Castro salientou que a ideia foi abraçada pelos membros de um grupo de uma rede social, denominado “Diga não ao crime” e algumas panificadoras, que contribuíram com valores monetários e bens alimentares.
Referiu que o almoço solidário foi uma oportunidade para demonstrar o amor pelos mais carenciados e incentivar mais pessoas a seguirem o exemplo.
“A actividade ultrapassou a expectativa e quero agradecer particularmente aos membros do grupo “Diga não ao Crime”, notou, realçando que a sociedade deve ajudar o Governo no combate às desigualdades sociais.
Nesse sentido, sugeriu que o Governo trabalhe mais com a sociedade civil, pois esta tem muita vontade, ideias e voluntarismo para ajudar nas questões sociais.
Nádio Fernandes, que se voluntariou em apoiar a causa do amigo, lembrou que o almoço solidário é um sonho de anos tornado realidade.
“Sempre foi nosso sonho fazer actividades desse porte para ver as crianças felizes”, reforçou, reconhecendo que afinal de contas o amor pelo próximo reina.
Crianças felizes
Bruno e Paizinho, de 13 e 12 anos, respectivamente, ambos lavadores de carro na cidade de Benguela, manifestaram-se satisfeitos pelo gesto.
Já Suzana Máquina diz ter levado os filhos Francisco e Emílio para o jardim da Peça, porque nesse dia nada tinham para comer em casa.
Amparada numa cadeira de rodas, a cidadã pede às pessoas de boa-fé que organizem mais actividades do género para ajudar os que mais sofrem.
A mesma opinião tem Adriano Capingala, que se encontra desempregado, aventando a possibilidade de que muitas pessoas que foram ao Largo da Peça nunca mais tiveram uma refeição com dignidade. JH/CRB